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O Brasil ficou em 26º lugar no ranking mundial que avalia a segurança e equidade energética e a sustentabilidade ambiental de 101 nações. Em comparação com outros países da América Latina, o país ficou abaixo do Uruguai, que ocupa a 13ª posição segundo a consultoria Oliver Wyman, que produziu o relatório em parceria com o Conselho Mundial de Energia (World Energy Council – WEC).
Suécia, Suíça e Dinamarca encabeçam a lista de 101 nações com sistemas energéticos mais equilibrados. Segundo a organização, o maior desafio dos países é investir mais em tecnologias disruptivas, incluindo energias renováveis e eficiência energética para reduzir as emissões de CO2 e acelerar a transição climática para uma economia de baixo carbono.
O índice segurança energética avalia a dependência dos países das importações de energia, a diversidade de recursos locais para geração e do armazenamento, equidade relacionada ao acesso da população e aos preços da energia elétrica e de combustíveis como diesel e a gasolina, além da sustentabilidade ambiental e redução de emissões de CO2.
O trilema energético é uma ferramenta criada pelo WEC para avaliar a capacidade de um país em promover a energia sustentável por meio das três dimensões. A classificação mede o desempenho geral dos países e analisa o quão bem administram as dimensões do trilema. As nações mais bem avaliadas são aquelas que avançaram na diversificação da matriz, na infraestrutura do setor e nas políticas públicas.
De acordo com o relatório, o conjunto de iniciativas reflete diretamente nas atuais prioridades enfrentadas pelos líderes globais do segmento energético, que estão investindo mais em tecnologias disruptivas, incluindo fontes mais limpas e na eficientização para acelerar a transição energética e climática amplamente debatida na COP26 deste ano.
Ranking de segurança energética e América Latina
O relatório também avalia mundialmente os países mais bem posicionados na categoria segurança energética. O Brasil é o único país fora da Europa e não-membro da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) a ficar entre os dez primeiros da lista.
Considerando somente países da América Latina e Caribe, o Brasil está na segunda posição, atrás do Uruguai. No entanto o documento alerta para a necessidade de aprimorar a segurança energética e a sustentabilidade ambiental do país. Destaca também a necessidade de esforços contínuos para diversificar o mix de energia, e tentar reduzir a dependência das matrizes fósseis, investindo mais em eólicas e solar, que atraem cada vez mais o interesse de investidores.
O risco da dependência da região das exportações de petróleo, segundo o documento, continua a ser um grande problema levando à incerteza, particularmente em países como Colômbia, Bolívia, Argentina e Brasil que são altamente dependentes do petróleo para gerar receitas.