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A autoridade nuclear ucraniana informou que foi concluída no último dia 21 de março a rotação de pessoal na usina de Chernobyl, permitindo que os funcionários voltassem para casa e descansassem pela primeira vez desde que as forças russas assumiram o controle da planta no mês passado. O novo contingente do turno de trabalho vem da cidade vizinha Slavutych e inclui dois supervisores em vez do habitual para garantir que haja backup disponível no site, segundo o regulador local.
Também foi feito um acordo sobre como organizar futuros rodízios de funcionários na planta. Rafael Mariano Grossi, diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica, que sempre demonstro mostrou preocupação com a situação dos funcionários da usina, agora trabalha por um acordo sobre uma estrutura destinada a garantir a segurança de todas as usinas nucleares da Ucrânia.
Cerca de metade do turno de saída da equipe técnica deixou o local do acidente de 1986 no mesmo dia e o restante no dia seguinte, com exceção de 13 funcionários que se recusaram a fazer rodízio. A maioria dos guardas ucranianos também permaneceu em Chernobyl. A equipe de operação estava na usina desde o dia anterior a invasão das forças russas, no dia 24 de fevereiro.
Uma reunião em Bruxelas, na Bélgica, entre países da Otan e que contará com a presença do presidente norte-americano Joe Biden, pode trazer mais sanções para a Rússia. A redução da dependência do gás russo também deve estar na pauta. Nesta quarta-feira, 23, o líder russo Vladimir Putin anunciou que a Gazprom deve aceitar seus pagamentos de fornecimento de gás a países da Europa apenas em rublos, a moeda russa. A intenção é recuperar a moeda local em relação ao dólar. Os contratos continuarão a ser honrados nos montantes acertados.
De acordo com o advogado Ricardo Martinez, do Vieira Rezende Advogados, a decisão por sanções contra o gás russo é um tema difícil, por envolver contratos assinados. Segundo ele, uma eventual suspensão de contratos geraria um efeito de desconfiança em ambos os lados que no futuro acabaria se refletindo em aumento de custos. “O problema aqui é a desconfiança que vai passar a haver nesses mercados, porque vão começar a querer outras garantias tanto de um lado quanto do outro. E essas garantias custam dinheiro”, avisa.
Ele lembra que o Brasil não é importador de gás russo, mas toda a situação de guerra na Ucrânia deve levar a uma reavaliação de projetos e cenários para o GNL, devido a perspectiva de alta do energético. “Não tem jeito, vai ter que ter uma reavaliação grande de projetos “, observa.