O plano de investimentos na área de distribuição de energia da Copel para 2022 já está entregando obras que reforçam o sistema elétrico e o atendimento aos paranaenses. Novas subestações, como a Sapopema, na região Norte, redes de distribuição e os programas Paraná Trifásico e Rede Elétrica Inteligente concentram a maior parte dos aportes recordes previstos pela companhia para o segmento no ano, totalizando R$ 1,634 bilhão.

Até então foram concluídas três subestações: uma em Mandirituba e outra na Lapa, região Metropolitana de Curitiba, e uma em Sapopema, no norte do estado. As novas unidades, que serão energizadas em breve, somam R$ 15 milhões em investimentos para fortalecer a rede elétrica nas localidades.

As unidades adicionam capacidade de transformação ao sistema, o que na prática prepara a rede elétrica para um crescimento de demanda na região. Conectadas por novas linhas de distribuição, elas aumentam as fontes de fornecimento energia. Se uma linha apresentar problemas, por exemplo, o atendimento por ser realizado por outra. A estratégia é conhecida como redundância.

Linhas avançam

Em apenas dois meses a estatal construiu 25% da meta de linhas de distribuição prevista para 2022. Foram entregues quatro novas LDs de alta-tensão, para fortalecimento do sistema. No Centro-Sul, as linhas Castro–Castro Norte e Castro Norte–Iguaçu Celulose deixam também a rede na região mais robusta, além de ampliar a infraestrutura necessária para o desenvolvimento do setor produtivo local.

Copel avança com diversas obras e quer implementar 4 mil km de redes trifásicas nesse ano (Copel)

Foram concluídas também as linhas Vila Carli–Ibema, no Centro do Paraná, e Londrina Sul–Arapongas, conectando duas das principais cidades da região Norte. Outras cinco estão com mais de 90% da construção concluída e devem ser conectadas ao sistema em breve.

Um dos destaques é a ampliação da subestação de Faxinal, que triplicará a disponibilidade de energia entregue pela unidade, garantindo condições para o atendimento a novas cargas na região. Adicionalmente a subestação está sendo preparada para uma futura conexão que interligará a unidade com uma SE de alta-tensão recém-construída em Londrina, por meio de uma linha em 138 mil volts. Os investimentos nessa obra somam R$ 13 milhões.

Manutenção preventiva

Além das obras de ampliação e modernização da rede elétrica, a Copel está colocando em prática um amplo plano de manutenção preventiva, que prevê uma vistoria completa de toda estrutura de distribuição. Pesquisa, tecnologia e reforço de equipes receberam R$ 12 milhões no primeiro bimestre. Grande parte dos recursos foi destinada aos principais centros urbanos paranaenses, como Curitiba, Foz do Iguaçu, Cascavel, Maringá, Londrina e Ponta Grossa.

Os serviços incluem roçada em áreas próximas às redes de distribuição, poda de árvores e substituição de diversos equipamentos, como postes, transformadores, chaves fusíveis, para-raios e isoladores. Para aumentar a produtividade, a concessionária conta com drones para a inspeção da rede, além de máquinas para roçada que ampliam a produtividade em até dez vezes. Até o final do ano a perspectiva é de destinar R$ 102 milhões nessa área em todo o estado.

Subestação em Ponta Grossa recebeu reforço de 225 MVA e R$ 24 milhões no ano passado (Copel)

Redes trifásicas e medidores inteligentes

Outra frente da companhia é nos programas Paraná Trifásico e Rede Elétrica inteligente, que irão angariar 45% do valor total do plano de investimentos para 2022, com R$ 750 milhões. O primeiro é uma iniciativa voltada ao produtor rural e já concluiu 7.343 km de novas redes, alcançando 268 municípios. Somente em 2022 foram 826 km erguidos, 20% dos 4 mil km previstos para o período. Até o final do programa, serão destinados R$ 2,7 bilhões para concluir 25 mil km.

As redes trifásicas podem melhorar a qualidade no fornecimento para o campo, garantindo também maior segurança à população. Os novos cabos possuem capa protetora isolante e são mais resistentes à queda de galhos de árvores ou outros objetos. Para o consumidor, isso se traduz em energia de qualidade, e para o produtor segurança energética para o desenvolvimento das atividades econômicas.

Já na outra área a Copel substituiu 100 mil medidores analógicos por digitais. Desde o início do programa foram trocados 285 mil equipamentos em 71 municípios. Os aparelhos se comunicam diretamente com o Centro Integrado de Operação da distribuidora, facilitando o controle de toda a cadeia de distribuição de energia, desde a subestação até o consumidor final. Em todo o estado a iniciativa vai contar com R$ 300 milhões em recursos nesse ano.