O governo federal confirmou que deverá trocar o comando da Petrobras. Assim como feito no ano passado, apresentou a indicação de um novo nome para a presidência executiva da estatal, dessa vez a escolha recaiu sobre Adriano Pires que se tiver o nome aprovado em assembleia e pelo conselho, substituirá o atual mandante, o general Joaquim Silva e Luna.
Em nota o MME informou também o nome dos indicados para o conselho da empresa por ser o acionista controlador. A assembleia que deliberará sobre o tema ocorrerá no dia 13 de abril. A relação apresenta confirmou Rodolfo Landim para o exercício da presidência do conselho, conforme a lista de indicados apresentada em 08 de março. Foram feitas duas alterações a troca do nome de Silva e Luna pelo de Pires e a entrada de Eduardo Karrer, ex-presidente da Eneva, no lugar de Murilio Marroquim de Souza.
Na nota o ministério afirmou que “o Governo renova o seu compromisso de respeito a sólida governança da Petrobras, mantendo a observância dos preceitos normativos e legais que regem a Empresa.”
Contudo, o processo se assemelha ao que ocorreu no ano de 2020 quando o governo federal trocou o economista Roberto Castello Branco por Silva e Luna. O descontentamento estava centrado nos seguidos aumentos dos preços dos combustíveis. Acontece que esse tema não é gerenciado pelo presidente da companhia e nem pelo conselho de administração, está no estatuto social da Petrobras.
Currículos
Adriano Pires é figura conhecida do setor de petróleo e gás. É graduado em Economia, Doutorado em Economia Industrial pela Universidade de Paris XIII, Mestrado em Planejamento Energético. É Diretor-Fundador do Centro Brasileiro de InfraEstrutura – CBIE, coordenando projetos e estudos para a indústria de gás natural, a política nacional de combustíveis, o mercado de derivados de petróleo e gás natural. Foi Professor Adjunto do Programa de Planejamento Energético da COPPE/UFRJ, exercendo as funções de pesquisador e consultor junto a empresas e entidades internacionais.
Rodolfo Landim é graduado em engenharia civil com especialização em obras hidráulicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1979), com pós-graduação em engenharia de petróleo pela Petrobras (1980) e pela Universidade de Alberta (1985) e em administração de negócios pela Universidade de Harvard (1994). Ingressou na Petrobras em 1980, onde trabalhou por 26 anos e ocupou diversas funções gerenciais na área de Exploração & Produção, incluindo Superintendente de Produção da Região de Produção do Nordeste, Superintendente do Distrito de Produção da Área Norte, Gerente Geral de Exploração e Produção da Bacia de Campos e Gerente Executivo de Exploração e Produção das Regiões Sul e Sudeste. Entre 2000 e 2003 foi presidente da Gaspetro, entre outras funções dentro do mercado de óleo e gás.
Os demais candidatos a membro do conselho são Sonia Villalobos, Luiz Caroli, Ruy Schneider, Márcio Weber e Carlos Lessa.