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Nenhum governo do G-20 implementou políticas suficientes e concretas para que realmente sejam alcançadas as promessas de combate às mudanças climáticas feitas na COP26, em Glasgow no ano passado. Essa é a avaliação de um relatório da BloombergNEF (BNEF) que chega em sua segunda edição.
A publicação aponta que nenhum dos governos das 19 maiores nações do mundo, somados à União Europeia como um membro, e que são responsáveis por quase 80% das emissões globais de gases de efeito estufa, implementou políticas suficientes para alcançar a meta de descarbonização de maneira plausível. Contudo, reconhece que 11 dessas nações apresentaram progressos no ano passado.
Michael Bloomberg, secretário-geral da ONU para as metas e soluções climáticas e fundador da Bloomberg, lembra que as ações da Rússia na Ucrânia trouxeram uma nova urgência ao impulso por energia limpa.
No relatório, o Painel de Avaliação de Políticas examina seis áreas principais. E nesse sentido, os governos do G-20 fizeram mais progressos na implementação de programas para descarbonizar o setor de energia e, até certo ponto, transporte. Mas, a publicação aponta que é necessário mais apoio político para lidar com os setores de construção e industrial, além de promover combustíveis de baixo carbono e tecnologias de captura, utilização e armazenamento de CO2, bem como estimular a economia circular.
Um total de 11 dos 19 avaliados aumentaram suas pontuações totais este ano, mas segundo a análise, ainda há muito espaço para melhorias. Os países do G-20 se enquadraram em três grandes categorias: a primeira compreende os estados membros da UE, Alemanha, França e Itália, juntamente com o Reino Unido, que melhoraram as médias em 3 pontos em comparação com 2021.
Outros países da OCDE não se saíram tão bem, notadamente Austrália, Japão e Turquia. Como resultado, esse grupo viu recuo de 2 pontos. Na parte inferior da tabela do G-20, as economias emergentes estão atrasadas na implementação de suas políticas domésticas. Ainda assim, este grupo melhorou em relação ao ano passado – em média 2 pontos – liderado pela Índia e África do Sul.
O Painel de Avaliação de Políticas é baseado em políticas implementadas pelos governos até o ano civil de 2021. Nos meses seguintes, as questões de segurança energética tornaram-se mais importantes para muitos governos à luz da invasão da Ucrânia pela Rússia.
Conforme destacado pelo último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, as mudanças climáticas provocadas pelo homem não estão desaparecendo: os impactos já são “generalizados”, alguns são “irreversíveis” e até 3,6 bilhões de pessoas vivem em locais “altamente vulneráveis às mudanças climáticas”.