A Echoenergia inaugurou nesta terça-feira, 29 de março, o complexo eólico Serra do Mel II (RN – 206 MW), localizado na cidade de mesmo nome. O empreendimento teve investimentos de R$ 1 bilhão. Serra do Mel I (273 MW) , já  em operação, teve investimentos de 1,2 bilhão. Foram gerados 10 mil empregos diretos e indiretos. Os aerogeradores foram fabricados pela Vestas. O complexo é formado pelas eólicas Echo 8 (92 MW), Echo 9 (76 MW) e Echo 10 (38 MW). Com o início da operação, a Echoenergia atingiu a marca de 1,2 GW operacionais no país. Recentemente, a compra da empresa pela Equatorial foi finalizada.

A energia do parque será destinada ao mercado livre e já está negociada. Durante a inauguração, o CEO da empresa, Edgar Corrochano, reforçou a obtenção da marca de 1,2 GW no pouco tempo de atuação da Echoenergia – fundada em 2017 – aliada a disciplina financeira. “Crescer é fácil, crescer e ganhar dinheiro é difícil. Conseguimos criar uma companhia com bom fluxo de caixa para os próximos anos”, avisa.

A Echoenergia foi fundada em 2017, quando comprou os complexos eólicos de Tianguá e Ventos de São Clemente, da Casa dos Ventos, que somam 346 MW. No mesmo ano, foi implementado o Centro de Operações da Geração, em São Paulo, além das aquisições dos complexos Echo 1, 2, 4 e 5. Em 2019, foi a vez da intensificar a relação com o mercado livre, assinando contratos um total de 252 MW de PPAs de longo prazo com offtakers com rating AAA.

Fora investidos ainda R$ 4,5 milhões de capital próprio e sem incentivos para o programa social “Ventos que Transformam”. Segundo a companhia, o programa destinou R$ 3,9 milhões na construção da escola técnica “Espaço Echoenergia”, que vai receber um curso Técnico em Eletrotécnica. A empresa comprou os equipamentos e elaborou a matriz curricular do curso técnico, parametrizada, aprovada e, a partir de agora, administrada pelo Governo Estadual. Houve ainda a construção de uma academia ao ar livre com 350m². A expectativa é que o novo espaço de convivência receba até 90 famílias locais.

O executivo acredita que os custos na fonte solar em algum momento cairão mais ainda e ela terá um ciclo de competitividade que rivalizará com a energia eólica. No curto praz, esse cenário ainda não seria possível por conta da alta do dólar. A carteira de projetos da Echoenergia privilegia a fonte solar. Em Serra do Mel, há o projeto para um empreendimento solar, assim como no Piauí, e que há 220 MW em Ribeiro Gonçalves. Em Barreiras, na Bahia, está mais outro projeto no pipeline da Echoenergia, que segundo Corrochano, tem uma das melhores radiações do Brasil.

*O repórter viajou a convite da Echoenergia