A Cemig tem um plano de desinvestimentos em curso e que se dependesse de sua vontade seria executado ainda este ano. A empresa afirmou nesta quarta-feira, 30 de março, que trabalha para negociar suas participações na Santo Antônio Energia, Norte Energia, Taesa e Aliança Geração, além de outras em menor escala. Essa afirmação é do presidente da empresa, Reynaldo Passanezi, que não apontou um cronograma específico para a negociação. “Nosso objetivo é concluir ainda este ano e nos concentrarmos na Cemig”, afirmou ele.
A empresa, comentou o executivo, tem como meta deixar os investimentos em ativos que tem fora do estado de origem, e os aportes que serão feitos terão como destino o território em que atua. Dois exemplos citados são a alienação da participação na Light, que foi concluída, e na Renova Energia, cujo closing da operação “está próximo de ser anunciado”.
Até mesmo no próximo leilão de transmissão a companhia está com foco em lotes que estão localizados em Minas Gerais e que possuem sinergias com outros ativos operacionais ou de O&M da estatal. A Cemig quer aproveitar seu conhecimento local e usar esse fator como uma vantagem competitiva.
Aliás, o tom adotado pela administração da estatal está centrado no sentido de aportar recursos da empresa em Minas Gerais. Tanto que do programa de investimentos de quase R$ 4 bilhões, a maior parte será destinada ao segmento de distribuição, até porque em 2023 há revisão da tarifa que considera os investimentos feitos no ano anterior. O segmento será o destino de R$ 3,2 bilhões.
Os cerca de R$ 800 milhões restantes serão divididos entre Geração com R$ 246 milhões, Transmissão com R$ 328 milhões e R$ 174 milhões na classificação Outros. Se esses volumes realmente saírem do papel representará ao total um aumento de quase 100% nos aportes quando comparado ao ano de 2021 que já teve um aumento de 29,5% ante 2020.