A Neoenergia vendeu em 2021 mais de 11 TWh diretamente para clientes finais no mercado livre. Esse volume de energia equivale ao consumo de um estado como o Ceará em um período de quase um ano e representa um aumento de 60% em relação a 2020.
A Neoenergia destacou que além dos contratos mais corriqueiros no mercado livre, com duração de 1 a 5 anos, a estratégia de crescimento também passa pelos acordos denominados por PPAs (no inglês, Power Purchase Agreement), um modelo a longo prazo que tem entre as suas vantagens a possibilidade de garantia de que a energia é proveniente de fonte limpa, além de flexibilidade, segurança e mais economia, uma vez que os preços são prefixados. O volume desses contratos alcançou 7,55 TW, 828% mais do que em 2020.
Em 2021, a Neoenergia fechou um contrato com a Âmbar, braço de energia do grupo J&F, que inclui empresas como JBS, Eldorado Brasil Celulose, Flora, PicPay e Banco Original. Pelo acordo, também no modelo PPA, serão acessados 30MWm de energia renovável por dez anos, a partir de 2023. Outro exemplo, segundo a empresa, foi o contrato firmado em 2020 com a Claro, que vendeu 20% da energia gerada durante toda a vida útil do Complexo Solar Luzia (PB), viabilizando o projeto. O empreendimento marcou a estreia da Neoenergia na geração fotovoltaica de grande porte e teve a sua construção iniciada em 2021, com previsão de início da operação comercial este ano.
Ainda de acordo com a companhia, a energia contratada será proveniente dos dois novos complexos eólicos no Nordeste, que somam mais de 1 GW de capacidade instalada. A Neoenergia acelerou as entregas e iniciou a operação de parte do parque Chafariz, na Paraíba, ainda no segundo semestre de 2021. Em Oitis (PI e BA), que terá 96% da sua energia destinada ao mercado livre, a montagem dos aerogeradores foi iniciada e a expectativa é de que a operação comercial dos parques comece este ano.