O consumo mensal de energia em fevereiro ficou em 41.794 GWh, subindo 1,3% na comparação com o mesmo mês do ano anterior. De acordo com dados da Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica, valor verificado para fevereiro é o maior para o mês em toda a série histórica, iniciada em 2004. Por ambiente de contratação, o consumo no mercado regulado teve recuo de 1,1%, enquanto no mercado livre, houve aumento de 5,5%. Já por segmento, o destaque ficou com a classe comercial, que teve crescimento de 7,4%. A classe residencial teve subida de 1,6% e na industrial se manteve estável, com variação de 0,1%.
De acordo com a EPE , o consumo industrial teve a maior marca para fevereiro dos último 6 anos, com 14.354 GWh. A região Sul, que registrou aumento de 4,3% foi a que teve mais aumento no período, ao mesmo tempo que o Nordeste, com 0,4% e Centro-Oeste, com 0,3% tiveram crescimento apenas marginal. Já o Norte, com recuo de 4,6% e o Sudeste, com queda de 0,9% apresentaram retração. Dentre os dez segmentos mais eletrointensivos da indústria, cinco cresceram e cinco registraram recuo. Produtos Alimentícios, com 119 GWh e variação de 6,5% e Papel e Celulose, com 99 GWh e alta de 14,2%, lideraram. O segmento Têxtil, com recuo de 7,9% e o de Extração de Minerais Não Metálicos, com variação negativa de 4,9%, foram as maiores baixas.
Na classe comercial, os setores de alojamento, alimentação, tecnologia da informação e transportes e os serviços auxiliares aos transportes foram os responsáveis pela performance da classe. Apesar da alta, o valor é menor do que o registrado antes da pandemia de Covid-19 no Brasil, em fevereiro de 2019. Todas as regiões subiram o consumo no mês. A região Sul, com crescimento de 11,3% e a Norte, com 11,9%, se destacaram. Sudeste, com 6,5%; Centro-Oeste, com 4,7% de aumento e Nordeste, com 3,3%, cometam a lista. Por estado, as maiores taxas da classe no país ficaram no Amazonas (+34,2%) e em Minas Gerais (+29,4%). A maior retração foi registrada no Amapá, com recuo de 15,8%.
No segmento residencial, o clima mais quente e seco na região Sul, resultado do fenômeno climático La Niña, contribuiu para a alta de 11,3% no consumo. As regiões Norte, com aumento de 3,4% e a Centro-Oeste, com alta de 3,3%, também apresentaram crescimento. A região Nordeste registrou recuo no consumo de 1,7% e a Sudeste teve queda de 0,8%. Amapá (-35,8%), Ceará (-6,4%), Rio Grande do Norte (-5,7%) e Acre (-4,9%) registraram as maiores quedas.