Em fevereiro, o setor elétrico movimentou R$ 1,7 bilhão no Mercado de Curto Prazo, no qual as empresas negociam as diferenças do balanço energético, ou seja, a geração e o consumo não cobertos por contratos. A liquidação do período foi encerrada nesta quinta-feira, 7 de abril, pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica.

Ao todo, a organização contabilizou R$ 2,8 bilhões no processamento. Do valor não pago, R$ 1,1 bilhão está relacionado às liminares contra o pagamento do risco hidrológico no Ambiente de Contração Livre, R$ 1,8 milhão referem-se à inadimplência e R$ 14,5 milhões correspondem a parcelamentos de valores.

De acordo com Rui Altieri, presidente do Conselho de Administração da CCEE, o montante contabilizado vem sendo reduzido desde o final do ano passado, muito por conta da redução dos preços praticados nesse mercado. Para ele, isso é um reflexo do cenário hidrológico mais favorável, da recuperação dos reservatórios neste início de ano e da menor utilização de usinas termelétricas.

Os agentes que possuem decisões judiciais vigentes para não participarem do rateio da inadimplência advindas das liminares perceberam adimplência de 99,1%. Os que seguem amparados por decisões que impõem o pagamento proporcional verificaram uma adimplência de 40,6%. Os credores que não possuem liminares receberam cerca de 27,3% de seus créditos.