A Comissão Permanente para Análise de Metodologias e Programas Computacionais do Setor Elétrico aprovou aprimoramentos no modelo de geração de cenários, com a implementação do PAR(p)-A, e a alteração dos parâmetros de aversão a risco do CVaR. As mudanças discutidas em consulta pública visam a aproximar os modelos computacionais da realidade operativa.
O PAR(p)-A é uma variável importante nas decisões de despacho e no cálculo do Preço de Liquidação das Diferenças, considerando não apenas os últimos seis meses, mas também a média dos últimos 12 meses na representação de cenários hidrológicos. Esses cenários são utilizados nos programas Newave e Decomp.
A Cpamp aprovou também a adoção de um critério de parada mais rigoroso para o Newave, com o aumento no número de interações para maior qualidade da solução dos modelos computacionais.
Está previsto o aumento da aversão ao risco, com maior importância para os cenários hidrológicos mais adversos. Os parâmetros do CVaR foram alterados de 50 (alfa), 35(lambda) para 25,35. Maior aversão a risco significa volume maior de despacho termelétrico por ordem de mérito de custo, para reduzir a cobrança de encargos associados ao acionamento de usinas térmicas por segurança energética.
As alterações poderão ser aplicadas de imediato pela Empresa de Pesquisa Energética no planejamento da expansão e no cálculo de Garantia Física. Já a aplicação nos modelos será feita a partir de 1º de janeiro de 2023. As mudanças serão discutidas pela Cpamp em workshop com os agentes do mercado, na próxima segunda-feira 11.