A expansão da geração centralizada está no foco das atenções do Conselho de Administração da Associação Brasileira da Energia Solar Fotovoltaica. Os associados reelegeram a chapa que está à frente da entidade para mais um mandato de quatro anos que será iniciado no dia 29 de abril. Se o desafio anterior foi a batalha acerca do marco regulatório da GD, agora é a geração de grande porte ante a liberalização do mercado livre nos próximos anos. O vice-presidente eleito do Conselho de Administração da Absolar, Márcio Trannin, apontou ainda que a tendência é de continuidade da expansão no longo prazo, podendo chegar a 30 GW nos próximos 10 anos na centralizada e algo entre 10 GW a 20 GW na GD.

“Temos trabalhado em frentes diversas para levar a fonte ao lugar que merece no país que é de ter mais destaque na matriz elétrica nacional, que não são os meros 2% a 3% de hoje em dia”, disse ele em entrevista ao CanalEnergia Live desta segunda-feira, 11 de abril.

Outra questão de curtíssimo prazo que ainda deverá continuar a pressionar a fonte nesse primeiro semestre são os custos. A recente queda do dólar ajuda, diz ele, mas acontece que os custos em moeda norte-americana ainda estão mais elevados por conta da escassez de matéria prima, do frete que aumentou de preço e da redução no volume de produção de módulos propriamente dito por conta da pandemia. Mas segundo a avaliação da entidade, essa situação tende a mudar no segundo semestre do ano.

“Esperamos o arrefecimento da pressão de custos que vimos nos últimos anos com pandemia e agora com a guerra. Frete cairá de preço e a nossa expectativa é de que final do ano tenhamos um mundo mais normal nessa questão para maior previsibilidade do capex. Contudo, os níveis de anos anteriores não será alcançado esse ano. Talvez em três anos sim, a tendência de curva é alcançar esses patamares mínimos históricos”, afirmou Trannin.

A mudança do marco regulatório do setor elétrico que é esperado com o PL 414 é visto como uma oportunidade importante para a fonte solar por prever a abertura do mercado livre no país. Segundo o vice-presidente da Absolar, a perspectiva é de que a fonte seja impulsionada. Mas ressalta que é importante um período de transição para essa abertura, e ainda, há a necessidade de que todas as fontes tenham condição de igualdade, sem benefícios para um em detrimento da outra. “Há espaço para todos com as corretas valorações de benefícios para o sistema”, acrescentou.

O vice-presidente do Conselho de Administração da Absolar, Márcio Trannin, foi o entrevistado nesta segunda-feira, 11 de abril, no CanalEnergia Live. A edição está disponível em nosso canal do You Tube, TV CanalEnergia, como todas as anteriores. O programa vai ao ar de segunda a sexta-feira em nossas redes sociais. Aproveite cadastre-se e ative as notificações para ser informado de todas as nossas atualizações.