A Neoenergia vem adotando diversas tecnologias para a proteção do meio ambiente. No entorno da UHE Baixo Iguaçu, no Paraná, transmissores de telemetria combinada contribuem para fornecer informações sobre os hábitos nunca antes revelados de uma espécie de peixe ameaçada de extinção na lista do estado. Os drones são uma ferramenta para o monitoramento de uso e ocupação das Áreas de Preservação Permanente (APPs) em duas UHEs controladas pelo grupo, Corumbá III e Teles Pires.

Os equipamentos possibilitam o acesso a imagens em alta resolução, que podem ser trabalhadas por meio de ferramentas de fotogrametria, geoprocessamento e sensoriamento remoto, dando mais agilidade e objetividade ao controle dessas áreas. De acordo com o superintendente de Operações e Engenharia de Hidráulicas da Neoenergia, José Paulo Werberich, tecnologias como essa dão mais eficiência a um trabalho importante para a preservação e a conservação dos ecossistemas nas áreas de atuação da empresa, melhorando os processos e auxiliando na melhoria dos projetos de proteção ambiental. As APPs recebem projetos de recuperação e conservação, sendo a maior parte dessas áreas de floresta em estágio avançado de conservação e as outras estão em fase de recuperação, recomposição ou reflorestamento.

No entorno das usinas também são realizados estudos sobre fauna e atividades específicas para monitoramento, prevenção, proteção, redução e mitigação de impactos sobre espécies e habitats. Na região onde está instalada a UHE Baixo Iguaçu, a tecnologia de telemetria permitiu o monitoramento dos hábitos migratórios do Surubim-do-Iguaçu, espécie endêmica da localidade que é considerada ameaçada de extinção na lista do Paraná. Segundo Werberich, os peixes foram capturados e tiveram inseridos transmissores de telemetria combinada, que fornecem informações inéditas sobre a espécie, auxiliando na sua preservação.

Os projetos permitem ainda a descoberta de novas espécies. Na UHE Teles Pires, o Programa de Monitoramento de Primatas encontrou, após seis anos de pesquisa, o sagui-de-Schneider. Essa iniciativa integra uma série de 44 programas e ações socioambientais realizados na região e já foi responsável por identificar outras novas espécies, a exemplo do primata zogue-zogue. Outra descoberta foi uma nova espécie de orquídea, batizada de Catasetum telespirense, a partir dos estudos de monitoramento de flora realizados às margens do Rio Teles Pires.

As ações estão alinhadas ao compromisso da Neoenergia de alcançar a perda líquida nula de biodiversidade a partir de 2030, anunciado em 2021. Além disso, desde 2019, são desenvolvidos projetos-pilotos em métricas para buscar um balanço líquido positivo em biodiversidade em novos empreendimentos de geração, transmissão e distribuição de energia. A companhia atua com base em uma Política de Biodiversidade, que considera o tema parte integrante da estratégia de negócios.

A Neoenergia aderiu ao Compromisso Empresarial Brasileiro para a Biodiversidade, documento proposto pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável, que prevê metas para a conservação e o uso responsável dos recursos naturais. Com a ação, assume os objetivos de manter a biodiversidade nos seus planos de negócios, monitorar a diversidade biológica nas áreas de atuação e potencializar ações de conservação e recuperação nessas regiões.