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A palavra de ordem na AES Brasil em termos de organização para a expansão do mercado livre é diversificar de olho no consumidor de menor porte. A empresa que já possui a plataforma Energia+, equipe própria para atender a grandes consumidores e autoprodutores, tem investido ainda em uma parceria com a Tendência Energia para angariar novos clientes para sua comercializadora varejista. O acordo entre as duas partes não é novo, data de 2019, mas mais recentemente chegou ao Nordeste.

A Tendência abriu um escritório em Fortaleza (CE) para aproximar-se dos clientes. De acordo com Júlio Ferraz de Oliveira, sócio-diretor da empresa, desde que a pandemia mostrou arrefecimento esses estão preferindo reuniões presenciais. Isso porque o foco da atividade da companhia está nos pequenos e médios consumidores para o  comercializador varejista.

Segundo José Carlos Reis, gerente de Comercialização de Energia da AES Brasil, esse é um dos braços da estratégia da empresa nesse segmento. Por ser um mercado pulverizado onde não raro se negocia com o dono do negócio, muitas vezes a relação exigida é presencial. A prospecção começa com um contato virtual ou por telefone mas que para avançar acaba sendo necessário o contato ‘olho no olho’.

Reis destaca que esse caminho para a AES Brasil segue na carona da perspectiva de abertura do ACL nos próximos 2 a 3 anos com o avanço do PL 414. Para chegar a um grande número de clientes a empresa aposta nessa diversificação de canais para ampliar sua presença.

A atuação estava mais centrada no Sudeste e agora os esforços estão no Nordeste. Um dos pontos que levam essa a ser a segunda região geográfica a receber as atenções da empresa é o fato de ser local onde a companhia tem investido em geração. Com os negócios fechados ali há a mitigação de riscos de submercado, por exemplo.

“Temos tomado ações para nos prepararmos quando chegar a abertura. Dentre essas ações tem o digital por meio da nossa plataforma Energia+ com acesso do cliente que tem conhecimento mínimo dentro do complexo mundo do setor elétrico, mas também por meio da parceria com a Tendência cujo foco é chegar a esse mercado que tem granularidade com clientes menores que precisam de orientação, informação e apoio na decisão de migração”, relata Reis.

A incursão no Nordeste, conta o diretor da Tendência, já resultou na prospecção de 586 possíveis clientes, gerou 48 estudos para a migração, uma conversão de 8% dos contatos. E desses há 4 contratos fechados nos últimos três meses. “Ainda temos outros 15 negócios em andamento”, revela.

Ferraz lembra que a regionalidade no Nordeste é importante, principalmente, para esse perfil de cliente que possui muitas dúvidas sobre o processo e a economia que pode ser alcançada. Por isso é importante ter uma representação na região. A Tendência foi fundada em 2018 na cidade de São Paulo.

Reis completa ao afirmar que a potencialidade da região Nordeste é uma das características que atrai a atenção da AES Brasil. Agora a estimativa de expansão está atrelada diretamente ao ritmo que o PL 414 dará à abertura do setor.

A AES Brasil possui presença no Nordeste por meio de seus complexos eólicos Alto Sertão II, na Bahia, Mandacaru, no Ceará, Salinas e Ventus, no Rio Grande do Norte. Além disso, a empresa possui investimentos na região com a construção dos Complexos Eólicos Tucano (BA) e Cajuína (RN). O investimento regional previsto de 2022 até 2026 é de R$ 3,3 bilhões.