A agência de classificação de risco Standard & Poor’s reafirmou os ratings em escala global e nacional, e elevou a avaliação do stand-alone credit profile da Eletrobras de bb- para bb. Entre os motivos para essas movimentações está a redução de custos, do foco em geração e transmissão e da continuidade da venda de ativos não estratégicos da elétrica.

O relatório aponta que a empresa “vem melhorando progressivamente seu desempenho operacional desde 2017, reduzindo custos operacionais e focando seu negócio principal de geração e transmissão, enquanto continua alienando ativos não estratégicos, conforme se observou na recente venda de sua participação na Companhia Estadual de Transmissão de Energia Elétrica (CEEE-T) por R$ 1,1 bilhão”.

A S&P indicou que esperamos a continuidade da redução da alavancagem da Eletrobras. A expectativa é de que o índice de dívida ajustada sobre EBITDA recue para 3,5x a 4x e o de geração interna de caixa sobre dívida ajustada supere 12%.

Na análise da agência, esse nível de alavancagem, aliada à expectativa de que o negócio continuará a apresentar desempenho operacional relativamente robusto, sustenta a revisão do perfil de risco financeiro da empresa. Esse perfil passou de “altamente alavancado para agressivo”. Assim, levou a S&P também a revisar para cima seu perfil de crédito individual de ‘bb-’ para ‘bb’.

E lembra que o rating de crédito soberano do país limita os da Eletrobras, uma vez que considera a empresa uma entidade vinculada ao governo e com uma probabilidade extremamente alta de receber suporte extraordinário do governo.

“Também reafirmamos os ratings de crédito de emissor de longo e curto prazos ‘brAAA/brA-1+’ na Escala Nacional Brasil da Eletrobras”, reforçou.

A perspectiva permanece estável, refletindo a mesma atribuída aos ratings do Brasil. E ressalta que a visão da agência é de que, mesmo que a probabilidade de receber suporte extraordinário do governo diminua à medida que a capitalização avance, o rating de crédito de emissor da empresa permanecerá inalterado graças à influência favorável da regulação do setor elétrico brasileiro.