Um levantamento feito pela Equatorial Energia apontou que o estado do Pará registrou 1300 ocorrências com pipas de janeiro a março deste ano. Belém lidera o ranking dos municípios com 192 casos de falta de energia elétrica devido ao uso de pipas. Santarém aparece em segundo lugar, com 147 registros. Em outras cidades polos como Marabá e Castanhal, os números correspondem a 41 e 37, respectivamente.
Ainda conforme apuração da distribuidora, até mesmo no período de isolamento, por conta da pandemia causada pela covid-19, os paraenses não deixaram de sofrer com a falta de luz decorrentes das pipas na fiação elétrica. Em 2020, por exemplo, foram 7.993 ocorrências. Em 2021, o número aumentou para 8.959, em todo o Estado.
A concessionária ressalta que são inúmeros os problemas causados, tanto para quem está empinando pipa, quanto para quem não tem nada a ver com a brincadeira, que embora seja divertida, é arriscada se não for levada a sério. O uso de cerol (mistura de cola, limalha e vidro moído) ou da “linha chilena” é considerado crime penal capitulado nos artigos 129, 132 e 278 do Código Penal Brasileiro, além do artigo 37 da Lei das Contravenções Penais. Além disso, sua formulação pode conter limalha de ferro, substância que provoca curtos-circuitos e choques. Esses tipos de linha também são um risco para ciclistas, motociclistas e a população em geral.