A Neoenergia registrou lucro de R$ 1,2 bilhão no primeiro trimestre de 2022. O resultado é 20% maior que o reportado nos três primeiros meses de 2021. O resultado Ebitda ficou em R$ 2,4 bilhões, alta de 60% ante o mesmo período do ano passado. De acordo com os dados divulgados pela empresa na noite desta terça-feira, 26 de abril, a margem bruta ficou em R$ 287 milhões no segmento de renováveis, o que corresponde a um aumento de R$ 37 milhões em relação ao mesmo período de 2021.

A Neoenergia possui 4 GW de capacidade instalada em geração, sendo 88% de energia renovável, e está implementando mais 0,7 GW com a construção de novos parques eólicos e solar. Em transmissão, são 2,3 mil km de linhas em operação e 4,3 mil km em construção.

Entre os destaques estão o início da operação total do Neoenergia Chafariz, complexo eólico com 15 parques localizados na Paraíba, e a continuidade da construção do Neoenergia Oitis, complexo eólico com 12 parques entre o Piauí e a Bahia, que será o maior empreendimento da companhia nessa área no país.

Em relação aos indicadores de qualidade, as concessionárias na Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte e na área de concessão da Elektro (SP e MS) ficaram abaixo do limite regulatório tanto para o DEC quanto para o FEC. Já a mais recente concessão da empresa, a Neoenergia Brasília se enquadrou no FEC neste trimestre. A empresa destaca que esse marco, de acordo com o plano de negócios da aquisição, deveria ser enquadrado apenas em 2023.

No que se refere a perdas, esta última concessionária registrou 12,65%, o que representa o quinto trimestre consecutivo de reduções no indicador. Já a Elektro e a distribuidora potiguar seguem enquadradas no limite regulatório.

No segmento de Liberalizados, a Termopernambuco registrou crescimento de 138% no lucro líquido, que alcançou R$ 176 milhões nos primeiros três meses de 2022, e aumento de 123% no EBITDA, atingindo R$ 265 milhões.

A Neoenergia investiu R$ 808 milhões no segmento de renováveis no período. O destaque é o avanço dos projetos eólico e solar, que serão concluídos ainda em 2022 e levarão a companhia a atingir mais de 90% da sua capacidade instalada em energia limpa.

Os maiores valores aportados pela companhia foram realizados na expansão de redes nas distribuidoras. Nos três primeiros meses deste ano, o Capex das concessionárias foi de R$ 1,3 bilhão, um incremento de 46% em relação ao mesmo trimestre do ano passado. Do valor, R$ 703 milhões foram destinados à expansão de redes. Houve um aumento de 326 mil clientes ativos, que totalizaram 15,8 milhões de consumidores nas cinco distribuidoras.