A Statkraft e a Aker Horizons, por meio da Aker Clean Hydrogen, assinaram acordos de colaboração para explorar conjuntamente oportunidades de produção de hidrogênio verde e amônia no Brasil. Jürgen Tzschoppe, vice-presidente executivo da Statkraft na Noruega, conta que com considerável produção de energia renovável e atividades de mercado no Brasil, a geradora está bem posicionada para capturar oportunidades de hidrogênio verde nesse enorme e importante mercado de energia. Para o executivo, desenvolver essas oportunidades ajuda a crescer os negócios e reduz as emissões de gases de efeito estufa no Brasil.

De acordo com Fernando De Lapuerta, presidente da Statkraft no Brasil, a empresa enxerga o hidrogênio verde como parte da missão de fornecer energia pura e acelerar a transição energética para fazer frente aos desafios climáticos do planeta. Para ele, o Brasil tem grande potencial para se tornar uma referência mundial com sua matriz limpa e recursos abundantes, e a Statkraft quer participar desse crescimento explorando as oportunidades que essa fonte limpa apresenta no país.

No Brasil, a Aker Clean Hydrogen, a Statkraft e a Sowitec, empresa especializada no desenvolvimento de ativos eólicos renováveis e solares, desenvolverão conjuntamente projetos Power-to-X no estado da Bahia. A primeira oportunidade de projeto a ser perseguida é um projeto híbrido em larga escala, que combina geração de energia renovável, e produção de hidrogênio e amônia para a indústria local de fertilizantes.

O Brasil é o quarto maior consumidor mundial de fertilizantes, respondendo por cerca de 8% da demanda global. Atualmente, o país importa mais de 80% de seu consumo. Recentemente, o governo brasileiro promulgou seu Plano Nacional de Fertilizantes 2022-2050, buscando reduzir a dependência brasileira de fertilizantes importados, atraindo e apoiando investimentos estrangeiros.

Knut Nyborg, diretor executivo da Aker Clean Hydrogen, se mostra entusiasmados em unir forças com a Statkraft para acelerar a transição de soluções cinza para verde no Brasil. Para ele, o Brasil é um grande consumidor de hidrogênio, tem políticas governamentais de apoio e se beneficia de recursos de energia renovável de classe mundial, que oferecem oportunidades significativas para a produção de hidrogênio verde e amônia”.

O estado da Bahia possui recursos renováveis favoráveis da energia eólica e solar e uma forte indústria agrícola que importa grandes quantidades de fertilizantes cinzas à base de combustíveis fósseis. A substituição da amônia cinzenta importada por amônia verde produzida localmente apoiará a descarbonização da indústria agrícola local e reduzirá a dependência de importação, ao mesmo tempo em que cria novas oportunidades industriais verdes. O projeto está previsto para ser operacional comercial até 2027.