O Grupo Terna assinou na última sexta, 29 de abril, um acordo com o CDPQ, um grupo de investimento global, para a venda de 100% do portfólio de ativos de transmissão de energia do grupo no Brasil, Peru e Uruguai por um valor mais de € 265 milhões.
A rede de transmissão de última geração da Terna recentemente construída na América Latina, estende-se por, aproximadamente, 1.200 quilômetros nos três países. Graças aos investimentos significativos na região nos últimos cinco anos e alavancando-se em sua principal experiência, o Grupo contribuiu para o desenvolvimento sustentável de uma infraestrutura resiliente e totalmente digitalizada, com o envolvimento das comunidades locais. A transação permitirá que a Terna registre um ganho de capital de mais de € 60 milhões e reoriente sua presença internacional de acordo com seu Plano Industrial 2021-2025 atualizado, apresentado em 24 de março de 2022.
De acordo com Giacomo Donnini, Head de Operações Internacionais da Terna, a empresa vai a partir de agora, reorientar sua presença internacional em mercados de baixo perfil de risco e com potencial atrativo de crescimento, como anunciado no Plano Industrial 2021-2025. A aquisição desses ativos-chave permitirá que o CDPQ entre no mercado latino-americano de transmissão de energia com uma forte equipe de gestão capacitada para buscar oportunidades de crescimento e de maneira consistente com sua estratégia climática e seu objetivo de alcançar uma redução de 60% na intensidade de carbono de seu portfólio até 2030.
Para Emmanuel Jaclot, Vice-Presidente Executivo e Head de Infraestrutura do CDPQ, com este primeiro investimento em transmissão de energia no Brasil, Peru e Uruguai, foram lançadas as bases de uma nova plataforma dedicada à transmissão de energia na América Latina, com o objetivo de se tornar um dos players mais relevantes no setor. Segundo o executivo, há o compromisso de impulsionar a expansão de redes elétricas conectando novos projetos de energia renovável a clientes em toda a região, um objetivo alinhado com nossas estratégias para a América Latina e de descarbonização do portfólio.
O fechamento do negócio está previsto para ocorrer em várias etapas, em grande parte no segundo semestre de 2022, sujeito ao cumprimento de certas condições habituais. O Grupo Terna foi assessorado pelo Banco Santander, como assessor financeiro e pelo escritório de advocacia internacional Curtis, como assessor jurídico. o escritório Pinheiro Neto Advogados atuou como assessor jurídico do CDPQ.