O grupo português Galp, tradicionalmente ligado a exploração de petróleo e gás natural, anunciou dois contratos para aquisição de uma carteira diversificada de projetos renováveis de até 4,8 GW a serem desenvolvidos no Brasil. O movimento mais do que duplica a capacidade global de geração e marca a expansão das operações da companhia para energia eólica no maior país da América do Sul.
Os acordos envolvem a SER Energia e potência total de 4,6 GWp em painéis fotovoltaicos por todo o Brasil, além de um cluster de 216 MW de parques eólicos em desenvolvimento no Nordeste pela Casa dos Ventos.
O diretor de operações de energias renováveis e novos negócios da Galp, Georgios Papadimitriou, disse em comunicado ao mercado nessa terça-feira, 3 de maio, que o Brasil dinamizou o crescimento da empresa nos últimos 12 anos, através de projetos de produção no pré-sal, e que agora a fase é de “adicionar um novo motor de crescimento, alavancado no vasto potencial do Brasil nas renováveis, e a reequilibrar os nossos negócios no país em linha com as nossas ambições de transição para um modelo energético mais limpo”, comentou.
Atualmente o terceiro maior produtor de petróleo e gás do Brasil, a Galp acordou em outubro do ano passado a aquisição de duas carteiras de plantas solares em desenvolvimento na Bahia e Rio Grande do Norte e também junto a SER Energia, com capacidades de 282 MW e 312 MW respetivamente.
No segmento FV a companhia afirma ser um dos principais produtores de energia da Península Ibérica, com uma capacidade já em produção de 1,2 GWp. Com o novo pipeline, a carteira renovável do grupo totaliza 9,6 GW em várias fases de desenvolvimento no Brasil, Espanha e Portugal, tornando mais próximas as metas de aumento de capacidade de produção de energias renováveis para 4 GW até 2025 e 12 GW até 2030.