Com a migração de 5.407 unidades consumidoras em 2021 o mercado livre de energia registrou aumento de 25% em relação ao ano anterior, informa levantamento da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel). Foram R$ 162 bilhões em negociações livre de impostos, encargos e tarifas do sistema, entre quase 27 mil unidades consumidores agrupadas em 9.930 consumidores, sendo 8.798 especiais e 1.132 livres.

O consumo no ambiente totalizou 22.843 MW médios, incremento de 13,7% e respondendo por 34% da eletricidade demandada no Brasil. Já o volume transacionado atingiu 97.098 MW médios, crescendo 9,4% em relação a 2020 e representando 60% da energia negociada no país. Assim a liquidez do mercado é de 4,25, dado pela divisão entre o volume transacionado e o consumo no ACL.

O setor comercial teve alta de 30% na energia consumida e as empresas de saneamento foram responsáveis pelo maior aumento relativo a outros grupos consumidores, de 61%, ainda que movimentem um volume baixo comparado a outros segmentos.

No recorte entre as 456 comercializadoras no mercado e 106 associadas da Abraceel, a quantidade de energia vendida movimentou 61.449 MWm, 70% do transacionado no mercado livre e 38% em todo país. Até 2020 o estudo aponta a obtenção de uma economia de R$ 252 bilhões nas contas de luz.

Entre as fontes renováveis a representatividade chega a 48%, sendo impulsionada em 74% pela biomassa, 57% pelas turbinas das PCHs, 38% pelos aerogeradores e 19% por painéis fotovoltaicos.

Na análise regional, Pará, Minas Gerais e Paraná lideram o quadro de estados com maior participação no ACL, com 54%, 50% e 39%. Por outro lado encerram a lista Rondônia, Acre e Piauí, com 5%, 4% e 3%. Ademais o informe mostra que o Brasil é 51º no ranking de liberdade energética, melhorando quatro posições em relação ao ano anterior.

Números de abril

Já na atualização de abril deste ano, o aumento acumulado do ambiente nos últimos 12 meses é de 22%, chegando a 27.533 unidades pertencentes a mais de 10 mil consumidores. A demanda atingiu 24.359 MWm, aumento de 5,8%. Destaque para participação de 88% do consumo industrial brasileiro. Os segmentos de serviços e comercial tiveram crescimento de 26% e 18%, respectivamente, nos últimos 12 meses.

(Nota da Redação: matéria atualizada às 21:20 horas do dia 03 de maio de 2022 para ajuste de texto no último parágrafo)