O Ministério de Minas e Energia (MME), em parceria com o Ministério Federal da Economia e Ação Climática da Alemanha (BMWK) e o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), apresenta às 9 horas do próximo dia 19 de maio, no canal do MME no YouTube, o estudo Digitalização e eficiência energética no setor de edificações no Brasil.

O trabalho pretende estimular a discussão sobre o uso de novas tecnologias digitais em todas as etapas do ciclo de vida das edificações. Além disso, o documento busca oferecer uma base para formulação de políticas públicas que visam ao aumento da eficiência energética do setor de edificações por meio da transformação digital.

No Brasil, o segmento de edificações responde por cerca de 1/6 do consumo de energia e 50% do consumo de eletricidade. Trata-se de um segmento complexo com diversos atores e de grande importância econômica para o país.

Segundo o estudo, até 2050, é esperado que o setor cresça mais de 50%. Os edifícios construídos hoje consumirão energia por muitos anos. Além disso, existe grande potencial tanto para redução do consumo de energia em edifícios como para o emprego de soluções digitais.

Diante deste cenário, as ferramentas digitais podem contribuir para eficiência energética durante todo o ciclo de vida de um edifício, ajudando a alcançar as metas climáticas na construção, ativando potenciais para redução de carbono embutido nos materiais e nos processos de construção. Foi pensando nisso que o estudo culminou em duas publicações, as quais identificaram e sistematizaram soluções e aplicações digitais. Os estudos também apresentam oportunidades e potenciais, para edificações residenciais, comerciais e públicas, em relação a diferentes segmentos do mercado, considerando todo o ciclo de vida do edifício.

O estudo ainda mostra que os resultados obtidos são promissores. Considerando um cenário de rápida digitalização do setor de edificações, o potencial de eficiência energética atinge níveis de 30% a 40% do total de 161 TWh até 2050. Esse valor é comparável ao consumo anual de eletricidade de cerca de 3.360 mil domicílios e equivale a 815 mil tCO2 de emissões evitadas.