A EDP Brasil registrou lucro líquido de R$ 522,8 milhões no primeiro trimestre de 2022, um aumento de 5,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. O Ebitda foi de R$ 1,3 bilhão, aumento de 20,8% em relação ao primeiro trimestre de 2021.

De acordo com João Marques da Cruz, CEO da EDP no Brasil, o trimestre foi marcado por importantes avanços nos três principais eixos de crescimento: geração solar, transmissão e distribuição. Segundo o executivo, as entregas demonstraram a eficiência do trabalho realizado nesse período, trazendo crescimento e reforçando a assertividade dos investimentos e o nosso compromisso com a qualidade.

“Além dos resultados financeiros, a nossa estratégia em sustentabilidade tem atraído a confiança do mercado e da sociedade, com ações para liderarmos a transição energética e para sermos uma empresa cada vez mais sustentável, inclusiva e diversa, com altos níveis de governança e transparência”, destaca Cruz.

O segmento de transmissão foi um dos destaques no período. O Lote 21, do Leilão Aneel nº 005/2016, em Santa Catarina, foi finalizado com seis meses de antecipação frente ao calendário regulatório. Isso proporcionou uma Receita Anual Permitida de R$ 208 milhões, resultando em receita antecipada total de R$ 143,1 milhões. Em janeiro, a EDP iniciou a operação comercial do primeiro trecho do Lote 18, do Leilão Aneel nº 005/2016, entregue com sete meses de antecedência e garantindo uma RAP de R$ 111,8 milhões.

Além disso, a empresa assumiu, em fevereiro, o controle da antiga estatal Celg T – que passou a se chamar EDP Goiás. O novo negócio representa oportunidades importantes de retorno aos investimentos com risco controlado. A companhia realizará um aporte de R$ 200 milhões no estado até 2023 e já anunciou a primeira obra, em março deste ano, com a ampliação e modernização da subestação Itapaci, que receberá um investimento da ordem de R$ 50 milhões.

Em geração solar, a EDP dá andamento à estratégia de ampliar a sua participação nesse segmento, chegando a 1 GW de capacidade instalada até 2025. No último dia 24 de abril foi anunciado o projeto Novo Oriente, em parceria com a EDP Renováveis. Localizado no município de Ilha Solteira (SP), o novo empreendimento terá capacidade instalada de 254 MWac, com previsão de início de operação em 2024.

O volume de energia distribuída apresentou aumento de 1,3%, sendo 0,7% na EDP São Paulo e 2,1% na EDP Espírito Santo. A companhia vai aderir ao Contrato de Operação de Crédito, instituído pela Medida Provisória nº 1.078/2021, com objetivo de dar liquidez financeira ao setor e aliviar os consumidores dos impactos tarifários causados pela crise de escassez hídrica que atingiu o País em 2021. O valor total requerido pela EDP foi de R$ 109,1 milhões, sendo R$ 59,2 milhões referente à EDP SP e R$ 49,9 milhões à EDP ES.

Em Assembleia Geral Ordinária realizada em abril, foi deliberada a distribuição de dividendos relativos a 2021, no valor de R$ 803,2 milhões, equivalente a R$ 1,40 por ação. Em dezembro de 2021, o Conselho de Administração aprovou o pagamento de Juros sobre o Capital Próprio, no montante de R$ 454,8 milhões, correspondente a R$ 0,79 por ação. Com esse montante, os dividendos e JCP foram de R$ 1,25 bilhão, correspondente a R$ 2,19 por ação.