A Siemens Gamesa teve prejuízo líquido reportável aos acionistas de € 377 milhões de janeiro a março. De acordo com a fabricante de aerogeradores, a receita registrada ficou em € 2,1 bilhões.
A companhia alega ter encerrado um segundo trimestre complexo que continuou marcado pela dinâmica volátil do mercado e pelos desafios colocados pelo ramp-up da plataforma Siemens Gamesa 5.X, mais complexa que a previsão inicial. A empresa revela já ter implementado uma série de ações para enfrentar com urgência os ventos contrários de curto prazo e estabilizar o negócio, já com um plano definido para melhorar a rentabilidade a médio prazo e maximizar o potencial de longo prazo.
Segundo a empresa, a entrada de pedidos no trimestre totalizou € 1,19 bilhão, como resultado de negociações comerciais mais longas no segmento de mercado Onshore no atual ambiente inflacionário e também da volatilidade normal da atividade comercial no segmento de mercado Offshore. A carteira de pedidos somou € 32,8 bilhões. No fim do trimestre, refletindo o crescimento projetado para a energia eólica.
No offshore, a entrada de pedidos totalizou € 321 milhões, refletindo a volatilidade normal do mercado. Nos últimos doze meses os pedidos somaram € 1,7 bilhão e inclui os primeiros contratos firmes nos EUA. Durante o trimestre a Siemens Gamesa assinou dois acordos de fornecimento preferencial para os parques eólicos MFW Baltyk II e III na Polônia, com um volume combinado de 1,4 GW, o que elevou o pipeline condicional para 8,2 GW em 31 de março de 2022. A fabricante continua trabalhando com os clientes para se preparar para o grande volume de leilões esperados em 2022 e nos próximos anos, de cerca de 111 GW até 2027.
Para Jochen Eickholt, CEO da Siemens Gamesa, os resultados do trimestre refletem os atuais desafios internos e externos que a fabricante enfrenta. O executivo se mostra confiante na visão de longo prazo da empresa e no seu papel no enfrentamento da emergência climática e na garantia da independência energética.