A AES Brasil estuda uma proposta presente no projeto de modernização do setor, o PL 414, para antecipar a renovação de pelo menos dez de suas doze concessões hídricas, que vencem ao final de 2032, após a extensão da conta do GSF.

A informação foi confirmada nessa sexta-feira, 06 de maio, à Agência CanalEnergia, após o CFO Alessandro Gregori, afirmar na teleconferência de resultados financeiros realizada hoje que o valor de indenização pelos recursos remanescentes dos contratos até então vigentes somam mais de R$ 3 bilhões, num cálculo feito por uma consultoria especializada e contratada no ano passado, considerando o valor original contábil dos ativos e os índices de inflação.

“A AES tem direito de ser indenizada pela reversão de bens constantes do projeto básico de suas usinas e, igualmente, por investimentos posteriores, com os contratos prevendo indenização dos investimentos realizados ainda não amortizados, desde que autorizados pela Aneel”, comentou, complementando que no entendimento da companhia a estimativa dos valores se dá a partir da aplicação do Valor Original Contábil (VOC) vinculados aos bens reversíveis.

Em nota a geradora reafirmou que o projeto traz a possibilidade da antecipação e que nesse caso, pelo texto que é público, ao assinar o contrato de renovação teria 30 anos de nova concessão, mas abrindo mão dos valores remanescentes nos contratos atuais. “A empresa está apenas acompanhando a regulamentação para avaliar essa opção”, finaliza o texto.

O portfólio hidráulico da AES no país é composto por nove hidrelétricas e três pequenas centrais hidrelétricas, todas localizadas no estado de São Paulo e somando 2,65 GW de capacidade instalada.