A Brasil BioFuels (BBF) e a startup Global Forest Bond (GFB) assinaram nesta segunda-feira, 09 de maio, um acordo para a estruturação de um projeto pioneiro de pagamento por serviços ambientais (PSA), cujo objetivo é remunerar as contribuições feitas por empresas em ações como a manutenção de florestas nativas e a recuperação de áreas degradadas.
As empresas pretendem viabilizar emissões de CPRs Verdes, títulos regulamentados para o pagamento pela conservação de reservas legais e Áreas de Preservação Permanente (APPs) e para a recomposição de áreas degradadas na região Norte do país. Serão realizadas, ainda, análises conjuntas para possíveis emissões de crédito de carbono atreladas à esta recomposição. Esse modelo permitirá que estruturações financeiras de empreendimentos de agronegócio tenham acesso a meios para remunerar serviços ambientais.
“Nós ajudamos a adaptar para a área de florestas um aplicativo que a KPMG desenvolveu e já utilizava para auditar milhões de hectares de soja em todo Brasil, sobre o qual temos exclusividade de uso para gestão de ativos ambientais. Ao fotografar uma árvore no tablet, conseguimos medir diâmetro, altura e estoque de carbono digitalmente. Mas vamos além: gravamos sons de animais, identificamos espécies e medimos quantidade de água no bioma, proporcionando a quem adquire os títulos outras possibilidades de claims e compensações ambientais além do carbono, como biodiversidade e pegada hídrica por exemplo. Nossa plataforma está preparada para evoluir conforme evoluir a ciência nesse campo de PSA”, disse o CEO da GFB, Eduardo Marson.
Já para o presidente da BBF, Milton Steagall, a adoção de instrumentos sustentáveis vem ao encontro das práticas de conservação e reflorestamento que a BBF tem aplicado aos processos de originação de seus produtos. “A sustentabilidade, de fato, se aplica à toda a cadeia produtiva da BBF, do plantio ao produto final”, ressaltou.