Dados da Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen), com base em informações da Aneel, apontaram que a cogeração em operação comercial no Brasil teve um incremento de 205 MW no ano de 2022. Considerando a evolução de janeiro a abril deste ano foram adicionados 50MW em usinas já existentes e 155 MW em novas usinas.

De acordo com a Cogen, nos meses de março e abril, foram registrados adição de 50 MW de bagaço de cana, decorrentes da ampliação da usina Da Mata (Valparaíso – SP); 6,78 MW de óleos vegetais das novas usinas 3 Tentos Ijuí (Ijuí – RS), BBF Izidolândia (Alta Floresta D’Oeste – RO) e BBF Urucumacuã (Chupinguaia – RO); e outros 13,44 MW de resíduos de madeira, oriundos das novas usinas Bonfim (Cantá – RR) e Pau Rainha (Boa Vista – RR).

No País, a cogeração conta agora com 640 usinas, totalizando 19,78 GW de capacidade instalada, o que corresponde a 10,8% matriz elétrica brasileira (182,97 GW). Isso equivale a 1,4 vezes o total da capacidade instalada da usina hidrelétrica de Itaipu. A projeção para todo o ano de 2022 é de entrada em operação comercial de 807,18 MW. De acordo com o diretor de Tecnologia e Regulação da Cogen, Leonardo Caio Filho, a cogeração a biomassas tem sido fundamental para a segurança energética do País. “A cogeração ajuda a poupar 14 pontos percentuais do nível dos reservatórios das hidrelétricas do subsistema Sudeste/Centro-Oeste, que representa o principal mercado consumidor do País”.

No ranking por unidades da federação de cogeração por biomassa, o Estado de São Paulo lidera a lista com 7,5 GW instalados. Em segundo está o Mato Grosso do Sul, com 1,9 MW instalados. Na sequência vêm Minas Gerais (1,7 GW instalados), Goiás (1,4 GW instalados) e Rio de Janeiro (1,3 GW instalados), Paraná (1,2 GW instalados) e Bahia (1,1 GW instalados). Entre os cinco setores industriais que mais usam a cogeração estão o Sucroenergético (12,026 GW), Papel e Celulose (3,059 GW), Petroquímico (2,305 GW), Madeireiro (822 MW) e Alimentos e Bebidas (631 MW)