A Solfácil captou US$ 100 milhões em uma Rodada de Investimento Série C para acelerar a ampliação do acesso à energia solar no Brasil. A ação foi liderada pela QED, com participação de SoftBank, VEF e Valor Capital Group.

Segundo a empresa, o aporte será usado para ampliar a oferta do ecossistema Solfácil. “Nosso propósito é empoderar as pessoas através do sol. Um sistema fotovoltaico no telhado de uma casa gera uma economia durante mais de 20 anos. As pessoas produzem sua própria energia limpa, e ficam menos vulneráveis aos constantes aumentos da conta de luz”, diz o CEO e fundador da Solfácil, Fabio Carrara.

“Estamos entusiasmados em liderar uma nova rodada de investimento na Solfácil, 10 meses depois da Série B. Em pouco tempo, a empresa se tornou um dos líderes do setor de financiamento solar no Brasil e acreditamos que essa posição deve se fortalecer cada vez mais. Deixou de ser apenas uma fintech, tornando-se uma plataforma de tecnologia com soluções para parceiros e consumidores que pode acelerar o crescimento de toda a cadeia”, celebra Mike Packer, Diretor do QED.

A companhia prevê que o sistema de geração fotovoltaico e seus subprodutos – incluindo baterias e carregadores de carros elétricos – se tornarão terceiro maior ativo de uma família, depois da casa e do carro, representando uma oportunidade gigantesca de investimento nas próximas décadas, dado que estes bens duram mais de 30 anos e precisam de manutenção.

Com isso, o Brasil deverá se tornar o maior mercado de geração distribuída, atrás apenas da China, superando os EUA, Alemanha e Austrália. O país, que abriga quase 60% da floresta Amazônica, já sente o impacto das mudanças climáticas, com a pior seca em quase um século, ameaçando a cadeia de fornecimento da energia elétrica e tornando a tarifa do país a segunda mais cara do mundo. “O Brasil será, definitivamente, a maior referência mundial na descentralização da produção de energia elétrica, e a Solfácil quer ser a principal impulsionadora deste movimento”, ressaltou Packer.

Vale destacar que a Solfácil já financiou mais de R$ 1,2 bilhão em empréstimos solares, tornando-se o segundo maior emissor de títulos verdes no Brasil em 2021, e o quarto na América Latina. “A startup cresce mais rapidamente do que os seus concorrentes e é uma das poucas fintechs a conseguir, em pouco tempo, ser tão relevante quanto os bancos tradicionais que também atuam no setor”, conta David Nangle, CEO da VEF. Segundo a consultoria Greener, a Solfácil é atualmente a terceira maior financiadora solar do país, atrás apenas do Banco Votorantim e Santander. Em 2021, a empresa ocupava a sétima posição. Tornar-se a primeira é sua meta até o final deste ano.

Segundo Scott Sobel, Sócio Fundador do Grupo Valor Capital, o Brasil tem potencial para ser um dos maiores mercados solares do mundo. “A Solfácil está a liderando o caminho para ajudar a ativar este potencial, fornecendo financiamento a custos mais baixos e soluções tecnológicas para integradores, residencias e PMEs. Estamos orgulhosos de continuar a apoiar e investir na Solfácil para acelerar a geração de energia limpa, que trará um impacto positivo nas mudanças climáticas”, finaliza.