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A Enel Green Power Brasil iniciou a construção de mais um parque eólico na Bahia. O empreendimento recebeu o nome de Aroeira, conta com capacidade instalada de 348 MW e o investimento é estimado em cerca de 454 milhões de euros, o equivalente a cerca de R$ 2,5 bilhões.

De acordo com a responsável pela EGP no Brasil, Roberta Bonomi, esse projeto é dedicado exclusivamente ao mercado livre de energia. A conexão será na subestação Ourolândia em 500 kV.

O projeto está localizado nos municípios de Umburanas, Morro do Chapéu e Ourolândia, um tradicional cluster de geração eólica no país com alto fator de capacidade. Por isso, a executiva lembra que mesmo sem sinergias com outros projetos, essa área é interessante para investir na fonte.

“O desenvolvimento do parque eólico Aroeira consolida ainda mais a nossa presença na Bahia. O estado é o segundo em termos de capacidade instalada da EGP no Brasil com 40% do total da Enel no país. E a região onde está é reconhecida pelo potencial eólico, além de possuir outros empreendimentos em operação. Com esse projeto teremos 1,8 GW em capacidade instalada na Bahia”, destacou a executiva em entrevista à Agência CanalEnergia.

No Brasil, o grupo Enel possui uma capacidade total instalada renovável de mais de 4,7 GW, dos quais mais de 2,1 GW são de fonte eólica, cerca de 1,2 GW são de fonte solar e cerca de 1,3 GW de hidro. Essa capacidade deverá aumentar com os demais projetos que estão em desenvolvimento e em obras.

O parque eólico Aroeira será composto por 81 aerogeradores e, quando estiver em plena operação, será capaz de gerar mais de 1,8 TWh por ano. Segundo Roberta, o empreendimento possui estimativa de estar totalmente operacional no segundo semestre de 2023.

O volume de energia que produzirá equivale a evitar a emissão mais de 980 mil toneladas de CO2 na atmosfera anualmente, e segue a orientação global da Enel de reduzir as emissões de suas operações.

Outro destaque dado pela empresa é a utilização de uma variedade de ferramentas e métodos na construção do parque que ajudam a reduzir os riscos de acidentes. São utilizados sensores de proximidade em máquinas para ampliar a segurança na construção, drones para levantamento topográfico, rastreamento inteligente de componentes da obra, plataformas digitais e soluções de software para monitorar e apoiar remotamente as atividades nos canteiros da obra.

A EGP aponta que esse é o resultado do processo de aprendizagem ao longo dos anos. E que estes processos e ferramentas possibilitam uma coleta de dados mais rápida, precisa e confiável, aumentando a qualidade da construção e facilitando a comunicação entre os times dentro e fora da obra.