A Energisa reportou na noite da última quinta-feira, 12 de maio, um lucro líquido recorrente de R$ 558,4 milhões no primeiro trimestre de 2022, uma alta de 41,0% em relação ao mesmo período de 2021. De acordo com a companhia, o resultado foi influenciado em grande parte pela marcação a mercado do bônus de subscrição atrelado às debêntures da 7ª emissão, com data limite de liquidação em agosto deste ano, quando deverá ocorrer a subscrição de novas UNITS.
Já o lucro líquido consolidado foi de R$ 580,7 milhões, redução de 33,5% (R$ 292,7 milhões) em relação ao mesmo período do ano anterior.

Diante deste cenário, o EBITDA consolidado da Energisa totalizou R$ 1,774 bilhão no trimestre, um crescimento de 35,8%. Contudo, excluindo os efeitos não recorrentes e não-caixa e considerando a geração de caixa regulatória das transmissoras, o EBITDA consolidado do trimestre seria R$ 1,495 bilhões, aumento de 50,6% com relação ao mesmo trimestre do ano anterior.

Já a receita operacional líquida consolidada (excluindo a receita de construção) foi de R$ 5,526 bilhões no trimestre, um crescimento de 12,7% na comparação com o 1T21. Segundo a companhia, o número foi influenciado principalmente pelo mercado de energia que cresceu em 8 das 11 distribuidoras do grupo, beneficiadas principalmente pela retomada das atividades no comércio, além do bom desempenho da indústria alimentícia e do clima mais quente.

No primeiro trimestre de 2022 (1T22), o consumo total de energia elétrica (mercado cativo + livre) nas áreas de concessão das 11 distribuidoras do Grupo Energisa, atingiu 9.390,4 GWh, o que representa aumento de 2,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Do lado do desempenho operacional, todas as distribuidoras registraram evoluções importantes nas perdas elétricas na comparação com o registrado no 4T21. Destaque para a EAC e ERO, que alcançaram o menor índice histórico desde sua aquisição pelo Grupo Energisa em 2018.

Em relação ao desempenho das distribuidoras, 8 das 11 avançaram, com os principais destaques ficando a cargo das seguintes concessões: ERO (+10,3% ou 77,5 GWh) e EMS (+6,5% ou 97,5 GWh). Neste contexto, na ERO e EMS as classes residencial e comercial foram os vetores do crescimento. Por outro lado, dentre a concessões com queda, EMG (-1,5% ou -6,0 GWh) e ENF (-4,4% ou -3,6 GWh) foram afetadas pelo clima mais ameno e fortes chuvas na região, enquanto na EMT (-0,6% ou -14,1 GWh), pesou o desempenho mais tímido da iluminação pública (efeito base alta) e do Rural, com clima mais chuvoso, menor safra de algodão e impacto do recadastramento de clientes, além do calendário de faturamento menor.

Vale destacar que a Energisa encerrou o 1T22 com número de consumidores 2,9% maior que em relação ao mesmo período do ano anterior. E a taxa de inadimplência consolidada da Energisa, dos últimos 12 meses, foi de 1,33%. Representando aumento de 0,24 ponto percentual em relação ao mesmo período do ano passado.

Por fim, a Energisa e suas controladas realizaram investimentos no montante de R$ 1.365,6 milhões, 45,8% maior que o valor investido no mesmo período do anterior. Os maiores incrementos são advindos das empresas que passarão por revisão tarifariam em 2023 (EMS, EMT, ESE, EAC e ERO), a ALSOL e as geradoras Rio do Peixe.