A Cemig reportou um lucro líquido de R$ 1,46 bilhão no primeiro trimestre de 2022, um crescimento de 245% em relação ao primeiro trimestre de 2021, quando registrou R$ 422 milhões. Já o lucro ajustado atingiu R$ 1,20 bilhão.
O EBITDA Ajustado ficou em R$ 1,916 bilhão no trimestre, uma alta de 3,9% em relação ao mesmo período de 2021 (R$ 1,845 bilhão). Já a receita operacional líquida ficou em R$ 7,847 bilhões, ganhos de 10,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Segundo a companhia, o resultado financeiro nos três primeiros meses do ano foi positivo em R$ 314,2 milhões, contra o resultado negativo R$ 1,265 bilhão registrado no 1T21.
Vale destacar que a receita com energia vendida aos consumidores finais foi de R$ 7,413 bilhões no 1T22 comparado aos R$ 6,275 bilhões no mesmo período de 2021, representando um aumento de 18,1%, em função do crescimento de 1,3% no consumo – com destaque para o crescimento de 9,4% no consumo da classe industrial – combinado ao aumento de 16,6% no preço médio faturado, devido, principalmente, ao acionamento da bandeira tarifária de escassez hídrica, vigente desde setembro de 2021 até abril de 2022.
Já a receita de transmissão subiu 28,0%, influenciada pelo aumento na realização da carteira de projetos de investimento em transmissão, gerando aumento de 204,6% na receita de construção, além do aumento na remuneração financeira do ativo de contrato da transmissão em decorrência, principalmente, variação dos índices de inflação IPCA e IGPM que são base para remuneração dos contratos e do reconhecimento dos efeitos da REH nº 2.852/2021.
Contudo, a receita bruta de fornecimento de gás totalizou R$ 956 milhões no 1T22, comparada a R$ 705,2 milhões no mesmo período de 2021. De acordo com a companhia, esta variação decorre dos reajustes ocorridos ao longo do ano de 2021 e no 1T22, referentes ao repasse da variação no custo do gás adquirido e do reajuste da margem pelo IGPM em 2022, em contrapartida a redução de 22,5% no volume total de gás vendido. A redução no volume foi influenciada pela queda de 63,7% na venda para térmicas.
Já a receita de TUSD, advinda dos encargos cobrados dos consumidores livres sobre a energia distribuída, cresceu 2,7% ano a ano, em função do reajuste tarifário anual aplicável a partir de 28 de maio de 2021, com efeito médio de 2,4% sobre os consumidores livres e do aumento de 0,3% na energia transportada (em MWh) no 1T22 em comparação ao 1T21. Diante deste cenário, o preço médio do MWh faturado total no 1T22 foi de R$ 593,60, 12% maior que no 1T21.
O Grupo Cemig atingiu 8,9 milhões de clientes faturados em março de 2022, com crescimento de 181 mil clientes aproximadamente, o que equivale a um aumento de 2,1% na base de consumidores em relação a março de 2021. Deste total, 8.908.118 são consumidores finais e de consumo próprio e 429 são outros agentes do setor elétrico brasileiro. Para finalizar, a companhia investiu cerca de R$500 milhões no trimestre, 39% superior ao 1T21, apesar das dificuldades enfrentadas na cadeia de suprimentos e pressões de aumento de custos.