A Renova Energia encerrou o primeiro trimestre do ano com um prejuízo de R$ 66,1 milhões, alta de 120,1% ante os R$ 30 milhões de perdas do mesmo período do ano passado. O resultado ebitda da empresa ficou no campo negativo em R$ 9,5 milhões, ante o valor, também no vermelho, de R$ 4,8 milhões de 2021. O resultado bruto ficou negativo em R$ 3,3 milhões ante resultado positivo do ano passado.
A geradora explicou que o desempenho final reflete o resultado financeiro negativo em despesas financeiras, que está impactado principalmente pelo reconhecimento de juros relacionados aos empréstimos e financiamentos, operações com partes relacionadas e fornecedores, além de multa sobre ressarcimento dos contratos de venda de energia (LER 2013 e LER 2014), bem como penalidades aplicadas por insuficiência de lastro e perdas nas operações realizadas no âmbito dos contratos de compra e venda de energia elétrica da sua comercializadora.
Especificamente o resultado financeiro apresentou alta de 116,7%, passando de R$ 24,3 milhões para R$ 52,6 milhões. A linha depreciação e amortização foi o destaque passando de R$ 22 mil para R$ 4,5 milhões. A receita operacional líquida aumentou 39% na comparação com o mesmo período de 2021, alcançou R$ 31,4 milhões devido à entrada em operação de turbinas eólicas em Alto Sertão III – Fase A. A Renova encerrou o trimestre com 132 MW em operação comercial e outros 64 MW em operação teste nesse que é atualmente o único projeto operacional da empresa que está em recuperação judicial.
A conclusão do Complexo Eólico Alto Sertão III – Fase A, deverá acontecer até o final do terceiro trimestre de 2022, totalizando investimentos superiores a R$ 2,5 bilhões em 155 aerogeradores, 4 subestações e 208 km de linhas de transmissão, distribuídos em 26 projetos, em 6 municípios do estado da Bahia e uma capacidade instalada total de 432,7 MW. A dívida líquida da empresa fechou março em pouco mais de R$ 1 bilhão.