A Cemig anunciou em teleconferência realizada nesta segunda-feira, 16 de maio, que investiu R$ 500 milhões no primeiro trimestre 2022, 39% superior ao 1T21, apesar das dificuldades enfrentadas na cadeia de suprimentos e pressões de aumento de custos. “A Cemig pretende investir cerca de R$ 3 bilhões em 2022. Estamos otimistas para os investimentos que estamos realizando. É um programa ambicioso”, disse o presidente da Cemig, Reynaldo Passanezi Filho.

Do total investido no 1T22, R$ 423 milhões foram destinados a distribuição, R$ 51 milhões em transmissão, R$ 14 milhões em geração e R$ 11 milhões em investimentos Gasmig. Além disso, a companhia afirmou que pretende investir R$ 22,5 bilhões em Minas Gerais até 2050.

Os números financeiros do primeiro trimestre de 2022 apresentados refletem a consistência do planejamento estratégico, ambição e o foco em Minas Gerais – grande ponto central. A Cemig reportou um lucro líquido de R$ 1,46 bilhão no 1T22, um crescimento de 245% em relação ao primeiro trimestre de 2021, quando registrou R$ 422 milhões.

O executivo também declarou que recentemente a Cemig fechou uma parceria com a Universidade de Itajuba para estudar a questão do armazenamento de energia, eles pretendem desenvolver hidrogênio e ser um exportador para o mundo. “Procuramos alocar energia da melhor maneira possível. E iremos concentrar o nosso consumo no segundo trimestre de 2022. As energias vão entrando e vamos cumprir o nosso guidance”, ressaltou Filho.

A Cemig pretende focar em energia eólica e espera a médio e longo prazo não comprar mais energia de terceiros, sendo autossuficiente. “Compramos energia no ano passado por questão de mercado e agora temos capacidade de investir e reduzir a compra de energia de terceiros”, explicou.

Já com relação ao aporte de capital na Santo Antônio Energia, a Cemig deixou claro que não tem interesse e não vai realizar qualquer aporte. O diretor de participações da companhia, Marco da Camino Ancona Lopez Soligo, destacou que não vê nenhum processo de arbitragem em relação a Santo Antônio para os próximos anos.

Cemig D
A diretoria colegiada da ANEEL aprovou, no dia 25 de maio de 2021, o reajuste nas tarifas da Cemig D. A vigência no período de 28 de maio de 2021 a 27 de maio de 2022 com aumento médio, considerando todas as classes de consumo, de 1,28%, um percentual bem abaixo do praticado para outras distribuidoras no Brasil. Segundo a companhia, não houve, no entanto, impacto para os consumidores residenciais, que pelo segundo ano consecutivo não tiveram reajuste. Essa redução no reajuste foi obtida em função da antecipação da devolução para os consumidores da área de concessão da Cemig D da quantia de R$1,573 bilhão, referentes aos créditos de PIS/Pasep e Cofins sobre o ICMS (sem efeito no resultado).

A revisão tarifária da Cemig D é importante e a companhia enxerga que tem muitos investimentos para serem realizados ainda em 2022. “Estamos otimistas com o resultado da Cemig D”, disse o presidente da Cemig, Reynaldo Passanezi Filho.

Taesa
Ainda durante a teleconferência, a Companhia afirmou que mantem o interesse na alienação de participação na Taesa, porém isso precisa ser algo bom para todos os sócios e a Cemig gostaria muito de concluir (assinar) ainda este ano. Eles declararam que estão empenhados e querem fazer isso.

Dividendos
A Cemig tem uma política de dividendos que é 50% do lucro apresentado. “2021 foi um ano atrativo e a expectativa para 2022 será ainda melhor. Temo que esperar o andamento do ano, mas observo resultados positivos e dividendos atrativos para os investidores”, finalizou o presidente da companhia.