A Eneva está de olho em pelo menos dois leilões de energia neste ano. Um deles é o que prevê contratar até 1 GW segundo as regras estabelecidas pela lei no. 14.182, que viabilizou o andamento da privatização da Eletrobras. O segundo é o de contratação de reserva de capacidade que poderá ser realizado ainda este ano pelo governo federal.
Para a disputa a geradora tem a expectativa de colocar no certame a ampliação da térmica Azulão que foi batizada de Azulão 2 e Azulão 3 que refere-se ao fechamento de ciclo naquela unidade. Ao total o complexo deve ter 1 GW de capacidade de geração por meio de gás. Contudo, a participação ainda não está certa.
Segundo o diretor de Finanças, Marcelo Habibe, “depende das condições dos leilões, podemos sim avançar e acelerar o desenvolvimento desse complexo térmico, seja nesse ‘leilão da Eletrobras’ estimado para setembro ou o de capacidade, entendemos que temos boas oportunidades para monetizar o gás no setor elétrico”, comentou ele em teleconferência com analistas e investidores referente aos resultados do primeiro trimestre do ano.
Ainda ontem à noite a Eneva atualizou as reservas certificadas na Bacia do Amazonas. A empresa ressaltou o otimismo que essa região traz para as operações. As reservas classificadas como 2P, ou seja, a soma das provadas e prováveis em Azulão, estão em 14,8 bilhões de metros cúbicos (bcm). Esse volume é 108% a mais do que o reportado ao final do ano passado pela empresa.
De acordo com a empresa, essas reservas, somadas à região de Anebá, que estão estimadas agora em 5,4 bcm e estão a 50 km de distância de Azulão, “viabilizam avenidas de crescimento” naquela bacia tanto em óleo e gás quanto em geração de energia elétrica.