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Já um tradicional player no mercado de tubos de aços para infraestrutura, a Dexxos, por meio da controlada Apolo, quer conquistar o mercado fotovoltaico. A empresa forneceu tubos estruturais para trackers solares. Desde 2020, já foram fornecidos equipamentos para projetos de geração centralizada que somam 1,5 GW. O movimento veio no sentido de diversificar os portfólios da companhia, aliado ao potencial que o setor solar vem demonstrando nos últimos anos. De acordo com Rafael Alcides Raphael, CEO da Dexxos, a demanda para o setor já atende cerca de 10% da produção. Pioneira na fabricação de tubos, a Apolo tem 83 anos de atuação em vários segmentos de mercado.
A Dexxos, que também atua na área química, terminou o primeiro trimestre do ano com lucro líquido de R$ 67,8 milhões, acima dos R$ 47,4 milhões do mesmo trimestre de 2021. Em 2022, o volume de vendas do segmento aço cresceu 17,3% ou 3,1 kton no primeiro trimestre, em comparação com igual período do ano passado, com aumento de vendas para o mercado de energia e exportação.
O executivo conta que o diferencial dos tubos Apolo para sistemas solares está na qualidade do que é entregue. Segundo ele, os produtos conseguem ter grande aderência aos projetos dos clientes. Outro ponto que ele salienta é a escalabilidade da empresa, com uma planta com plena capacidade de atender à crescente demanda de mercado que tem siso registrada no setor fotovoltaico. “A nossa planta tem capacidade instalada que pode responder rapidamente a essas demandas de crescimento, com qualidade e agilidade “, avisa.
A produção para o novo nicho de mercado pediu investimento em ferramentas para a parte inicial, que define o diâmetro do tubo bem como a sua consequente adequação ao uso pretendido nos empreendimentos solares. Segundo ele, a estrutura do tubo deve ser leve para que o sistema não fique sobrecarregado, mas tenha resistência mecânica para fazer os movimentos rotacionais e de torque, sustentando-a e o giro ao longo do dia.
As turbulências no mercado solar causadas pela pandemia não chegaram a afetar os planos nem o fluxo de produção da Apolo. O CEO conta que nem no período mais severo, com várias restrições e mesmo durante o período da variante ômicron no Brasil, no início deste ano, a produção foi afetada. “Conseguimos operar sem nenhuma intercorrência na nossa cadeia de abastecimento”, relata. A divisão para o mercado solar também gera cerca de 50 empregos.
Também com atuação destacada no segmento de óleo e gás, a empresa vê o setor elétrico como um bom nicho de mercado. A Apolo produz ainda estacas helicoidais que são utilizadas na fixação de torres de transmissão. A boa performance nesses mercados permitem que o leque possa vir a ser ampliado. “Temos um olhar bastante voltado para essa área de energia”, conclui.