O Presidente da Petrobras, José Mauro Ferreira Coelho, afirmou nesta quarta-feira, 18 de maio, que a estatal estuda investir no ambiente marítimo. “Estamos estudando uma alternativa para captar energia eólica offshore em águas profundas e ultra profundas num projeto para longo prazo”, destacou o executivo no Congresso Mercado Global de Carbono, realizado no Rio de Janeiro.

“Em 2020 assinamos uma carta de intenções com a Equinor e desde então a Petrobras está cooperando no desenvolvimento do projeto eólico offshore de Aracatu, localizado na bacia de Campos, que tem capacidade de geração de aproximadamente 4 gigawatts”, ressaltou o executivo.

De acordo com Coelho, consta no plano estratégico da Petrobras (2022-2026) alocar US$ 2,8 bilhões em recursos para a descarbonização. “Criamos um programa de carbono neutro para acelerar as soluções para o futuro e essa combinação de estratégias e ações me dá a convicção de uma Petrobras ainda mais sustentável e competitiva para as próximas décadas”, esclareceu.

O executivo ressaltou que mesmo em cenários mais acelerados de transição energética, o mundo demandará petróleo por décadas. “Ao longo da história da humanidade várias transições energéticas foram realizadas. E nos tempos atuais vivemos uma transição para uma economia de baixo carbono, mas como também nos mostra a história acreditamos que essa transição será lenta e nesse sentido o mundo ainda demandará petróleo por muitos anos”, explicou.

O Presidente da Petrobras também destacou que a Estatal irá investir em combustíveis mais modernos. “Aprovamos uma governança dedicada a diversificação dos nossos investimentos buscando avançar na análise de novos negócios contribuindo para a sustentabilidade da companhia no longo prazo, um exemplo dessa diversificação é a produção de biocombustíveis avançados que já está prevista de forma comercial em nosso planejamento estratégico e será uma nova geração de combustíveis mais modernos, sustentáveis e de alta qualidade como por exemplo o diesel renovável, o diesel verde e também o bioquerosene de aviação”, finalizou.