“Nos próximos dias vamos anunciar uma nova chamada a empreendedores e pesquisadores voltada para combustível e hidrogênio verde. Vamos investir R$ 100 milhões em pesquisas voltadas a esse setor”, disse Paulo Alvim, ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, durante o Congresso Mercado Global de Carbono, realizado no Rio de Janeiro. “O Governo está preocupado com a questão do hidrogênio e tem ações voltadas para esse negócio”, ressaltou.
O ministro destacou que tem mapeado todas as experiências cientificas e já é possível ver várias gerações de hidrogênio verde. “Já temos produção de hidrogênio verde em alguns Estados, em carros, linhas de produção em fábricas de montadoras”, observou.
“Temos feito um esforço e o segmento de energia limpa é exemplar. Nossa matriz é diferenciada, mas temos outros desafios. Dá mesma forma que temos a segurança alimentar temos o desafio e a oportunidade na segurança energética. Ano passado começamos a trabalhar e estudar o combustível do futuro e o hidrogênio verde, já temos uma política e instrumentos para avançar. O hidrogênio verde vem para contribuir e ativar a bioeconomia e vai permitir a melhor distribuição de energia limpa”, explicou Alvim.
O ministro de Ciência destacou que com a produção de hidrogênio verde no Brasil iremos avançar em ciência e tecnologia. “Esse País já pratica a economia verde e está mostrando para o mundo como fazer a produção sustentável. Saímos de um País importador para exportador”, esclareceu.
No mesmo sentido, Joaquim Leite, Ministro do Meio Ambiente, também voltou a falar que o Brasil será exportador de hidrogênio verde. “E sem dúvida o Brasil também será a segurança energética do mundo”, disse.
Ele afirmou que o Governo tem trabalhado de forma integrada para um Brasil verde. “Temos um Comitê e trouxemos o Ministério do Trabalho junto e isso é uma inovação e já podemos gerar emprego verde”, ressaltou.
Mercado de Carbono
Além disso, ele voltou a frisar que o decreto de carbono ajudou a criação de um mercado nacional de crédito de carbono com muita inovação. “Fizemos algo inovador que traz além do crédito de carbono, o crédito de metano. E teremos também uma central única de registros para indicar a pegada de carbono e as transações relacionadas aos créditos”, explicou.
Por fim, Joaquim Leite, destacou que ele e o Ministro da Economia, Paulo Guedes, fizeram um esforço gigantesco para desenharem a proposta do mercado regulado nacional de carbono. “Não queremos trazer custo para o Brasil e sim contribuir para mais um produto voltado para a exportação”, finalizou.