O conselho de administração da Cemig aprovou a adesão ao Movimento Ambição Net Zero, do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU). Por meio da iniciativa busca-se a tomada de medidas mais rigorosas e imediatas para redução da metade das emissões no mundo até 2030, além de zerar os lançamentos líquidos de gases de efeito estufa até 2040.

Em comunicado a estatal mineira afirma que seu compromisso é reduzir a intensidade de poluentes lançados na atmosfera até 2030, alinhada ao que a ciência climática indica ser necessário para limitar o aquecimento global a 1,5°C com relação aos níveis pré-industriais, bem como a ambição de zerar as emissões líquidas de carbono até 2040.

Já em nota enviada à imprensa, o diretor-presidente da Cemig, Reynaldo Passanezi Filho, disse que a adesão mostra o compromisso da companhia com a sustentabilidade e melhores práticas ESG, com o planejamento estratégico centrado na expansão da geração feita apenas por fontes renováveis. “É um movimento natural, tendo em vista nosso histórico em energia limpa, em especial após desativarmos a única termoelétrica em 2019”, lembra.

Outro ponto destacado foi a comercialização de dois certificados que legitimam o compromisso com os valores sustentáveis, o I-REC, certificado internacional de energia renovável, e o Cemig Rec. “Este é um certificado fornecido pela própria empresa e que tem o mesmo peso em termos de demonstração da neutralização das emissões de gases de efeito estufa”, explica o diretor de Comunicação Empresarial e Sustentabilidade da companhia, Cláudio Bianchini.

Geração renovável e eficiência

A ideia da geradora é expandir sua capacidade em 1 GW até 2025, com investimentos superiores a R$ 4,6 bilhões. No momento estuda a implantação de eólicas e solares, com o potencial de 10 GW em sua área de atuação. No braço de Geração Distribuída, até então são 18 usinas construídas e previsão de R$ 1 bilhão até 2025 em projetos para operação de fazendas solares verticalizadas, por meio da Cemig Sim.

Por sua vez na parte de eficiência energética estão as tradicionais troca de lâmpadas ineficientes para LED, além de aportes em focos cirúrgicos, secadores, autoclaves e UFVs em mais de 50 hospitais públicos e filantrópicos. O projeto também contempla melhorias em mais de 3 mil escolas públicas, que receberam nova iluminação de LED.

Por fim a iniciativa Minas Led está substituindo mais de 100 mil pontos de luz em mais de 600 cidades do estado. Até o final de 2024, o programa da Cemig regulado pela Aneel prevê R$ 368 milhões em ações e projetos que reforçam o uso racional da energia elétrica.