A Raízen anunciou nesta quarta-feira, 25 de maio, que pretende aumentar 80% a produção de energia renovável até 2030. “Hoje a Raízen tem em seu portfólio mais ou menos 5% da geração de renovável do Brasil, são cerca de 2 gigawatt de capacidade, sendo 70% centralizada na biomassa e 30% na geração distribuída solar, pequenas centrais elétricas e aterro sanitário”, disse o VP de Energia da companhia, Frederico Saliba, durante evento realizado a investidores.

De acordo com o executivo, a Raízen hoje trabalha com um mix de centralizada e geração e pretende continuar, pois o objetivo é atender a demanda. “Dentro desse contexto eu antecipo um crescimento percentual na geração distribuída dentro do mix de portfólio de geração da Raízen, mas de toda forma crescendo nas duas bases seja centralizada ou geração distribuída”, ressaltou.

Atualmente o consumo de energia total no Brasil chega a 62 GWm (68% mercado cativo e 32% mercado livre) e deverá alcançar 87 GWm em 2030 (sendo 40% mercado cativo e 60% do mercado llivre). De acordo com a companhia, esses números só mostram que o consumidor está buscando solução energética com liberdade de escolha.

Segundo a VP Estratégia e Sustentabilidade, Paula Kovarsky, a Raízen vem redefinindo o futuro da energia com portfólio completo e com soluções renováveis e focadas no cliente. Ela citou múltiplas fontes de geração como a biomassa, solar, biogás e PCH e afirmou que 10 mil unidades da Raízen já consomem a energia renovável da empresa. A companhia pretende crescer 86% no segmento de negócios renováveis até 2030.

Além disso, a Raízen pretende diminuir 20% da pegada de carbono do etanol até 2030. E sobre o decreto do mercado de carbono, Paula afirmou que vê essa movimentação um grande avanço, porém, é preciso avançar nessa agenda.

Etanol de segunda geração

Uma das apostas da Raízen é o plano de expansão das suas fábricas de etanol de segunda geração (E2G). “Um ano repleto de recordes e marcos importantes para nós. Estamos construindo a segunda planta para o E2G (Araraquara) e temos a meta de chegar a 20 plantas até 2030. Queremos e temos um plano de aceleração do E2G”, disse o CEO da Raízen, Ricardo Mussa.

Mussa destacou que atualmente não tem ninguém produzindo etanol de segunda geração, apenas a Raízen. “É impressionante o ceticismo do mercado com relação a isso, mas está funcionando. E fazemos o etanol de segunda geração com biomassa”, finalizou.