Ao passo que o calendário se aproxima do final do primeiro semestre, as previsões de carga no país começam a tomar forma. A estimativa para o fechamento de 2022 reveladas há pouco pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico é de que esse indicador fique em 1,6% quando comparado a 2021. Se essa previsão for confirmada representará 70.663 MW médios.
Esse volume, explica o ONS no primeiro dia da reunião do Programa Mensal da Operação para junho, é 0,2 ponto porcentual abaixo do que está previsto na 1a revisão quadrimestral da carga que apontava para alta de 1,8%, ou 70.739 MW médios.
Considerando apenas o mês de maio há uma queda de 1,2%, informação essa ainda sem os ajustes usuais à previsão. Segundo o operador, esse resultado decorre, basicamente, pela redução das temperaturas registradas neste ano quando comparadas ao ano de 2021. Para junho a estimativa inicial é de alta 0,7% e em julho as projeções apontam para alta de 2%.
No mês que está terminando há o registro de retração de 1,8% da carga no submercado Sudeste/Centro-Oeste, justamente por conta da meteorologia. Nessa região a projeção de junho e julho acompanham a 1ª revisão quadrimestral de 2022 a 2026 com altas de 0,1% e de 2,4%. Com isso, no ano a estimativa é de expansão sem variação de índice, está na casa de 1,5%.
No Sul a curva acompanha a queda da carga em maio, de 1,4%. A previsão de junho e julho estão em linha na revisão quadrimestral com altas de 0,3% e de 1,2%, respectivamente. Nesse submercado diferentemente do SE/CO há uma queda na comparação com o esperado na Revisão Quadrimestral, está em 0,8% ante estimativa de 1,5%.
Já o Nordeste apresenta em maio uma previsão de alta de 1,1%. Em junho e julho a previsão é de altas de 3% e de 0,7%, respectivamente, o que leva no ano a uma projeção de 1,3% no ano mas ainda assim, 0,4 ponto porcentual menor do que é estimado na revisão quadrimestral.
No Norte o sentido da carga anual mostra sinal contrário, alta de 5,8% ante previsão de crescimento de 5,2% para 2022 na revisão. Apesar disso, em maio é verificada uma queda de 1%. Para junho é projetada alta de 1,5% e de 4% em julho.