O 36º Leilão de Energia Nova A-4 deste ano acabou de começar. O certame é o primeiro do ano e destina-se a fechar CCEARs por quantidade e por disponibilidade, com início de suprimento em 1° de janeiro de 2026. A expectativa é de que o volume demandado seja baixo seguindo a tendência dos últimos anos nessa modalidade de leilão, uma vez que as distribuidoras continuam sobrecontratadas até pelo menos 2025, segundo dados da CCEE, que é a entidade que operacionaliza o leilão de forma virtual.

O produto quantidade para empreendimentos hidrelétricos e ampliações, apresentam término de vigência em 31 de dezembro de 2045. Já na fonte solar fotovoltaica e eólicos, bem como suas ampliações, o término se dá em 31 de dezembro de 2040.

Por sua vez o produto disponibilidade é destinado a empreendimentos termelétricos a biomassa e ampliações, com término do suprimento para 31 de dezembro de 2045.

O leilão é realizado pela internet e composto de duas etapas: a inicial e a contínua. O lance será o critério de classificação, considerando a capacidade de escoamento do Sistema Interligado Nacional.

Na etapa inicial os investidores poderão ofertar um único lance para os produtos em negociação. Essa fase será para a disputa pela conexão ao SIN. Os empreendimentos que forem classificados irão para a segunda etapa que é a contínua, nessa, fase há as ofertas pelos produtos. A cada lance será reiniciado o tempo para novos lances dos empreendedores.

Os preços iniciais para empreendimentos sem outorga ou com outroga mas sem contrato na fonte hídrica e biomassa estão definidos em R$ 315/MWh enquanto para as fontes eólica e solar está em R$ 225/MWh.

Já para os projetos com outorga e contrato recuam para R$ 268,45/MWh na fonte hídrica para PCH e CGH. O valor muda para UHEs para R$ 187,69/MWh, eólica está em R$ 204,65/MWh.

Postulantes

Segundo dados compilados pela Empresa de Pesquisa Energética, estão cadastrados 1.894 projetos, totalizando mais de 75 GW de oferta. A maior parte ou 51.824 MW é originado em 1.263 empreendimentos solares. A fonte eólica vem a seguir com 21.432 MW em 542 projetos. As fontes hídrica e térmica a biomassa somaram cerca de 2 GW em quase 90 empreendimentos.

A EPE destacou que pela primeira vez os projetos eólicos e solar fotovoltaicos disputarão o certame em um mesmo produto trazendo maior competição entre as fontes.

A região Nordeste apresenta os maiores quantitativos de projetos e potência cadastrados para o leilão com cerca de 70% dos projetos por conta da predominância da participação das fontes eólica e solar. As termelétricas se situam principalmente nos estados do Centro-Oeste e Sudeste, e os projetos hidrelétricos nas regiões Sul e Centro-Oeste.