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O Grupo IBS Energy completou 20 anos em maio. E foi um pouco antes de chegar às duas décadas de vida que deu um dos seus maiores passos, o de negociar e viabilizar uma térmica a biomassa no leilão de reserva de capacidade de dezembro do ano passado. O investimento nessa central é de pouco mais de R$ 500 milhões no município de Lençóis Paulista (SP). Mas esse é apenas um dos focos da empresa, que planeja aumentar em três vezes o valor de mercado em cinco anos.

Atualmente, fazem parte do grupo cinco empresas: IBS Comercializadora, voltada para o mercado livre de energia elétrica, Gama Trading, que opera e comercializa energia, IBS Serviços, que atua no ambiente de contratação livre (ACL) e oferece soluções estruturadas em energias. Além da geradora citada, há ainda a IBC, trading de biomassa com abrangência nacional.

Segundo o CEO o grupo, Luiz Mello, o pacote de comercialização, gestão de energia ainda deve se manter como a maior participação no faturamento da receita bruta anual da empresa que está em R$ 360 milhões. O grupo, relata ele, possui R$ 1 bilhão em contratos de longo prazo com clientes e geradores e um Patrimônio Líquido de R$ 100 milhões.

“A comercialização de energia e seus negócios relacionados ainda deverá responder pela maior parte com 40% do faturamento. A UTE é o nosso primeiro projeto em geração e deverá ser responsável por 20% e o negócio de biomassa deverá crescer ao longo do tempo porque o potencial que identificamos é grande então deverá chegar aos 40% restantes no médio prazo”, detalhou o executivo à Agência CanalEnergia.

A UTE Cidade do Livro terá capacidade instalada de 80 MW. Disponibilizou 65,6 MW de potência no leilão e conta com garantia física de 55,7 MW médios. A energia por sua vez, disse Mello, será negociada pela empresa no mercado livre. Seu combustível é biomassa das mais diversas fontes, podendo ser cavaco do madeira ou bagaço de cana, cuja disponibilidade na região é alta.

UTE Cidade do Livro será o primeiro ativo de geração da IBS Energy 

Segundo a empresa, o projeto começou a ter seus primeiros esboços ainda em 2012, mas a engenharia começou a ser colocada em prática em 2017. “Nossa ideia era a de participar de leilão em 2020. Ao final de 2019 estávamos com o projeto pronto e licenciado, mas aí veio a pandemia que paralisou tudo, não tivemos leilão, então a oportunidade veio com o certame de reserva de capacidade”, relatou. A previsão é de que a planta comece a operar em 2025 e já está enquadrada para a emissão de certificados de energia renovável I-Rec.

E pode ser apenas a primeira iniciativa nesse sentido. Já há uma ideia de replicar o modelo no Mato Grosso. Mas ainda não foi batido o martelo. O local foi escolhido porque naquele estado há uma outra frente de atuação da IBS a de comercialização de biomassa em parceria com a Madeplant. A empresa realizará trade desse material por identificar oportunidade de negócios, além de sua floresta própria fornecer o insumo para a usina de sua propriedade. A capacidade de produção, contou, é de cerca de três vezes o que a térmica demanda.

Comercialização de energia e os negócios relacionados ainda responderão por 40% do faturamento, energia por 20% e o negócio e o trade de biomassa por outros 40%, pois tem um potencial grande de crescimento. Luiz Mello, da IBS Energy

Outro serviço que a IBS indica com potencial é de serviços de rebaixamento de tensão para consumidores industriais. A empresa está otimista com a perspectiva de fechar três contratos ainda este ano, esse volume se consolidado representa cerca de 10% das conversas que já mantém com potenciais interessados na solução que envolve o investimento da empresa em uma subestação ligada à alta tensão para entregar a energia com qualidade exigida pelo consumidor.

“A ideia é de atender clientes de média tensão que hoje são conectados pelas distribuidoras e passariam a ter conexão na alta tensão que tem tarifa mais baixa”, indicou o executivo. “Eu cobro o serviço da subestação e o consumidor migra à AT que tem um valor mais baixo de tarifa, representa uma economia relevante”, disse.

Sobre outras fontes para investimentos nos próximos anos, o executivo lembra que a premissa básica da companhia é a de atuar de forma conservadora, que foi a maneira como atuou até hoje, citando as mais recentes crises no mercado que não alcançaram a IBS. “Gostamos de projetos nos quais tenhamos o controle do combustível, solar pode ser interessante mas é intermitente e precisa de um backup para a geração. Nesse campo desenvolvemos projetos, mas para clientes, não para termos esses ativos em nosso portfolio. Não pensamos nessa fonte”, decretou.