Em resposta a pressão de entidades do setor como a Anace e o Instituto Polis, a Âmbar Energia ingressou com um pedido de aditivo contratual na Aneel, afirmando que pode aliviar a conta de luz para os consumidores em até R$ 8 bilhões no âmbito do Procedimento Competitivo Simplificado (PCS) de 2021.
A empresa propõe entregar a energia da térmica Mário Covas e manter a construção das quatro usinas inicialmente previstas dentro do prazo contratual, reduzindo a receita fixa a receber e sazonalizando a inflexibilidade do contrato de 325,7 MW/h.
Segundo a empresa o pedido é para que a UTE Mário Covas seja acionada entre junho a dezembro, no período seco. A proposta eximiria o pagamento pela energia de reserva quando não é necessária e ampliaria a oferta nos meses de maior necessidade. Caso o pleito seja aceito pela Agência, a térmica entregaria 500 MW/h diuturnamente ao Sistema Integrado Nacional (SIN), montante superior ao contratado.
A usina Mário Covas opera com autorização da Aneel desde 19 maio, no âmbito do contrato do PCS 2021. A nova proposta amplia o requerimento feito anteriormente ao regulador, que de acordo com a companhia garantia ao consumidor cerca de R$ 625 milhões em economia na fatura de luz por ano. Com a sugestão a economia seria de R$ 2 bilhões anuais, totalizando os R$ 8 bilhões nos 44 meses contratados no leilão emergencial.
A Âmbar também informou que colocará em operação as quatro usinas previstas inicialmente no PCS 2021 até o final do mês de junho, apesar de não ter apresentado um cronograma específico das obras. Caso a Aneel decida pela não utilização da UTE Mário Covas no contrato, a empresa deverá fornecer energia ao SIN por meio dos quatro ativos contratados no não passado.
(Nota da Redação: Devido às instabilidades sofridas pelo Portal nos últimos dias, essa matéria foi publicada na nossa página do Linkedin. Por isso, estamos republicando nesta sexta-feira, 03 de junho de 2022)