O tema hidrogênio vem ocupando cada vez mais a agenda energética em muitos países, e no Brasil não é diferente. Um dos questionamentos durante o primeiro painel “Desafios da Governança Setorial para o Quatriênio 2023-2026”, no 19º Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico – ENASE 2022, é se o Brasil pretende investir em hidrogênio até 2026, o quanto seria ou se isso aconteceria através de políticas públicas.

De acordo com Thiago Barral, presidente da EPE, para enfrentar e formatar algo de fato efetivo, vem sendo trabalhado o Programa Nacional de Hidrogênio, no entanto, o Brasil já possui um histórico de mais de 20 anos de investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação nessa área e tem a capacidade tecnológica de ser um produtor, usando a eletricidade em renovável e água para produzir hidrogênio. “A visão do Programa Nacional do Hidrogênio é trabalhar as bases regulatórias, desenho de mercado, certificação, pesquisa de desenvolvimento e inovação, e com isso, formatar as melhores políticas públicas”, declarou.

Apesar do todo o interesse, até o momento, a União não possui orçamentos para subsidiar projetos nessa área, mas existem políticas e recursos de P&D que tem sido fundamentais para fortalecer as bases. “O que tem sido visto é que o setor privado e muitas empresas estão se mobilizando para buscar estudos de viabilidade e parceria e isso me deixa bastante estimulado. No momento estamos trabalhando muito mais no sentido de remover barreiras, do que propriamente colocar dinheiro para construir plantas de eletrólitos”, ressaltou Barral.