Nesta terça-feira, 14 de junho, aconteceu a cerimônia de capitalização da Eletrobras que contou com a presença do presidente da república Jair Bolsonaro, ministro da Economia, Paulo Guedes e o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida. “A maior empresa de geração de energia limpa e renovável do mundo agora está livre, capitalizada para vencer e seguir em frente. Agora não precisará ficar sob a proteção do Estado. Ela será um gigante, estava perdendo fôlego e estamos devolvendo a ela a liberdade de voar. Nossa missão agora é deixar esse legado para o futuro”, disse o ministro da economia.

De acordo com Guedes, a operação para a capitalização da Eletrobras foi extremamente complexa e terminou somente agora. “Ela movimentou todas as dimensões da sociedade. Foi uma construção conjunta que durou cerca de 2 anos e meio e ao mesmo tempo no combate a pandemia. A Eletrobras é a garantia da segurança enérgica do Brasil nessa nova dimensão que é a renovável”, ressaltou o Ministro da Economia.

O presidente Jair Bolsonaro estava presente no evento, mas não discursou, apenas participou das fotos do aperto de campainha e recebeu elogios dos presentes. Já o novo Ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, destacou que hoje é um dia histórico para o Brasil. “Sai de cena uma empresa estatal e entra em cena a maior corporação de energia renovável da América Latina com uma capacidade enorme de investimento renovável. A nova corporação terá a obrigação de investir R$ 8, 7 bilhões em projetos nas regiões norte, nordeste e sudeste”, afirmou.

Segundo Sachsida, os consumidores deixarão de arcar com os riscos hidrológicos. “Eles poderão se beneficiar com o aumento da competição e ainda por cima vai haver um aporte de R$ 5 bilhões na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que vai beneficiar a todos reduzindo tarifas. O consumidor sempre vem em primeiro lugar no nosso governo e o Brasil é o porto seguro do investimento hoje. O Brasil venceu”, disse.

crédito: Ministério de Minas e Energia
Adolfo Sachsida e Bento Albuquerque na cerimônia na B3 (fotos: MME)

Já o presidente do BNDES, Gustavo Montezano, destacou que a operação da Eletrobras foi sofisticada, complexa e poucas nações tiveram condições de fazer isso. “Estamos deixando um legado de ideias e visões”, declarou.

O presidente da Eletrobras, Rodrigo Limp, afirmou que esse é um momento muito importante para os 60 anos da Eletrobras. “Para chegarmos aqui hoje um longo caminho foi percorrido, que contou com um intenso trabalho em conjunto”, explicou.

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Presidente da Eletrobras, Rodrigo Limp

Segundo o executivo, discutida desde 2017, a capitalização da Eletrobras veio na sequência de uma necessária estruturação realizada na companhia a partir de 2016. “Hoje ocorrerá a liquidação das ações emitidas a R$ 42,00 por ação. A Eletrobras está preparada para seguir o seu papel de protagonista no setor elétrico”, finalizou.

Novos aportes

A secretária-executiva do Ministério de Minas e Energia, Marisete Pereira, afirmou que os recursos que  serão aportados na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para a redução da pressão tarifária deverá ocorrer até o final de julho de 2022. “O MME já mandou o expediente para Aneel de modo que a Agência já pode considerar esse aporte R$ 5 bilhões para a redução dos encargos e consequentemente a redução ou o efeito nas tarifas de energia”, afirmou.