A Eletrobras informou que recebeu a renúncia de nove membros do seu Conselho de Administração, com somente o representante dos empregados, eleito em processo separado, não abdicando de uma das 11 cadeiras do colegiado. A outra posição esta vaga, desde antes ao avanço no processo de privatização.
Na justificativa, enviada através de cartas-renúncia, os executivos afirmam que o movimento se trata de uma “boa prática de governança corporativa e de justiça social”, alegando que com a capitalização da empresa, realizada na semana passada, será necessária uma nova composição do conselho para refletir a nova distribuição das ações corporativas.
Rodrigo Limp, atual presidente da companhia, apresentou renúncia apenas para o cargo de conselheiro. Completam a lista Ruy Flaks Schneider, Marcelo de Siqueira Freitas, Bruno Eustáquio Ferreira, Ana Carolina Tannuri, Jeronimo Antunes, Ana Silvia Corso Matte, Felipe Villela e Daniel Alves Ferreira.
Ivan Monteiro e Marisete Dadald são indicados
Em outro comunicado, um grupo de acionistas com mais de 5% do capital da empresa indicaram nove nomes após a renúncia coletiva. Entre eles está Ivan Monteiro, ex-presidente da Petrobras e atual copresidente do Credit Suisse no Brasil, assim como Marisete Fatima Dadald, atual secretária-executiva do Ministério de Minas e Energia.
Também estão na lista Carlos Augusto Piani, Octavio Cortes Pereira, Vicente Falconi, Marcelo Gasparino, além dos recém egressos Daniel Alves Ferreira, Felipe Vilela Dias e Marcelo de Siqueira Freitas. Já como candidato para eleição em separado pelos acionistas titulares de ações preferenciais está Pedro Batista de Lima Filho.
Os indicados pelo grupo composto por 3G Radar, Banco Clássico, Maliko Investments, Navi Capital, SPX Equities, Vinci Equities e a XP, serão avaliados pelos comitês de pessoas, elegibilidade, sucessão e remuneração, para verificação dos requisitos exigidos para eleição na Assembleia Geral de acionistas, sem data marcada.
Concessões renovadas
Uma terceira publicação informou sobre a celebração dos novos contratos de concessão para as 22 hidrelétricas da holding e suas subsidiárias, como Furnas, Eletronorte e Chesf. As concessões foram renovadas pelo prazo de 30 anos, mediante o pagamento de R$ 32 bilhões a CDE e mais de R$ 25 bilhões referentes à bonificação pela outorga dos novos contratos.
São elas: Mascarenhas de Moraes, Furnas, Luis Carlos Barreto (Estreito), Porto Colômbia, Marimbondo, Funil, Corumbá I, Itumbiara, Tucuruí, Coaracy Nunes, Curuá-Una, Apolônio Sales (Moxotó), Sobradinho, Funil, Pedra, Paulo Afonso I, Paulo Afonso II, Paulo Afonso III, Paulo Afonso IV, Luiz Gonzaga (Itaparica), Boa Esperança (Castelo Branco) e Xingó.
Com o movimento, a companhia reforça que foram atendidas todas as condições para o processo de desestatização. Também está prevista a manutenção do pagamento das contribuições associativas ao Cepel, pelo prazo de seis anos.