A Enel Green Power Brasil e a Fundação Banco do Brasil se uniram para viabilizar a instalação de tecnologias sociais para melhorar a qualidade de acesso e uso da água por famílias que vivem no semiárido baiano. As famílias serão beneficiadas com a instalação de cisternas para armazenamento de água potável, fossas sépticas ecológicas e sistemas para reaproveitamento de água cinza.
Segundo a companhia, a iniciativa vai possibilitar reaplicação de Tecnologias Sociais certificadas pela Fundação BB para a estocagem de água da chuva para consumo humano, especialmente beber e cozinhar, limpeza das casas, produção de alimentos ou criação de animais para o autoconsumo, além de comercialização em pequena escala. Além das 55 cisternas com capacidade de 16 mil litros cada, serão construídas 25 fossas sépticas ecológicas para a melhoria do saneamento básico na área rural e implementados 60 sistemas de Bioágua para o reuso de águas cinzas (chuveiros e pias) que, após processo de filtragem, podem ser utilizadas para irrigar alimentos como tubérculos, frutíferas e forrageiras.
Entre os locais escolhidos para receber os sistemas de bioágua, estão cinco escolas públicas na região, onde estudam 250 alunos, do ensino fundamental ao médio. O projeto também prevê a capacitação de um representante de cada família beneficiada para que os moradores se empoderem sobre o uso das tecnologias sociais e saibam como manter, limpar e obter o melhor uso possível das cisternas e da solução de reaproveitamento da água cinza.
Apesar de ser caracterizada por longos períodos secos, a região registra em média 500 mm de chuva por ano, o que garante a captação da água e sua disponibilidade para os reservatórios. A falta de água potável atinge 35 milhões de pessoas no Brasil e causa doenças como cólera, disenteria, febre, entre outras. O escopo do projeto realizado pela EGP e pela Fundação Banco do Brasil será executado pela organização brasileira sem fins lucrativos AVSI Brasil. A partir da implementação do projeto, também será realizado durante um ano o monitoramento das etapas de plantio, manejo e colheita em três unidades micro produtivas agropecuárias da região, com orientação para que as famílias façam uso adequado do solo e das águas.