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A Cogecom, cooperativa de energia compartilhada, fechou o primeiro semestre desse ano com um crescimento de 130% em relação ao mesmo período do ano passado. Esse crescimento está localizado tanto na contratação de suas fontes de entrada, como na sua participação de mercado. A cooperativa fechou 2021 com 15 MW distribuídos e tem previsão de chegar à 60 MW até o final deste ano. A companhia acredita que três fatores foram considerados importantes para esse crescimento e que fizeram com que a geração distribuída crescesse de forma natural.

O primeiro, e talvez o mais importante, são os aumentos no preço da energia, isso faz com que as pessoas busquem alternativas para economizar. O segundo fator é o barateamento e os baixos custos para instalações das usinas fotovoltaicas. Hoje existem diversas melhorias e novas tecnologias, que fazem com que seja possível melhorar a eficiência e reduzindo o custo do investimento. O terceiro item é a alteração regulatória que aconteceu no início do ano e permite uma janela para que o gerador tenha o direito de manutenção de seus direito por 25 anos do não pagamento pelo fio do transporte da energia. Esses 3 fatores acabaram fazendo que os projetos que estavam em forma embrionária acelerassem, tanto do ponto de vista do gerador, quanto do consumidor.

A cooperativa, que teve início em 2017, no Paraná, surgiu da necessidade de alocar no mercado a energia produzida em sua usina. A preocupação inicial era a credibilidade e por isso a utilização de geração própria, para garantir que a energia que seria disponibilizada no mercado fosse entregue de fato. Depois da certeza que o modelo inicial previsto pela Cogecom conseguia entregar a ideia proposta, a companhia abriu seu portfolio para outros geradores.

O gerador de energia que até então possuía duas opções para comercializar sua produção, fosse pelo mercado livre ou pelo mercado cativo, passou também a disponibilizar sua usina através da geração distribuída. Com essa terceira opção, a remuneração dessa energia é muito maior que se comparado com os outros mercados, apontou Roberto Correa, Diretor Geral da Cogecom. Isso fez com que diversos projetos que estavam parados por causa do preço da energia e não compensavam o investimento, saíssem do papel. “A GD hoje tem uma remuneração, no mínimo, 50% superior que qualquer outro mercado oferece. Isso serviu como trampolim para que outras usinas entrassem em operação”, destacou Correa.

As usinas geradoras de energia limpa a partir de biomassa térmica, biomassa biodigestor, eólica, solar e hídrica são conectadas às concessionárias, auxiliando essas empresas a adquirirem energia renovável. Essa energia se transforma em créditos, que são administrados pela cooperativa, para que sejam fornecidas energia aos cooperados por um custo mais baixo. O processo de contratação funciona a partir da disponibilidade de energia da Cogecom, hoje presente em 7 Estados do Brasil (PR/SC/RS/MG/GO/MS/MT). O interessado entra no site da empresa, realiza um cadastro, e a partir dessas informações, a empresa faz um estudo de economia e uma previsão do que o cooperado vai economizar ao fazer parte da Cogecom. Até o momento, a cooperativa conta com aproximadamente 12.000 unidades consumidoras e mais de 20.000.000 de KWh por mês.

Ainda de acordo com Correa, essa adesão não significa migração. O cooperado não deixará de ser cliente da distribuidora, ele passará a ter direito a um crédito de energia proveniente das usinas da Cogecom. Esse crédito de energia será abatido do consumo que esse associado tem em sua conta e depois a cooperativa vai cobrá-lo por esse crédito com o percentual de desconto sobre o preço que ele pagaria na concessionária. Esse processo pode gerar uma redução de até 20% na conta final. “Os interessados não precisam realizar nenhuma alteração estrutural e nem comunicar a distribuidora para troca de contrato, além de não existir fidelidade na contratação do serviço. Caso o cliente não esteja satisfeito com os serviços prestados pela Cogecom, o cliente pode pedir a rescisão e sair a qualquer momento da cooperativa”, afirmou Correa.