Em teleconferência realizada nesta segunda-feira, 4 de julho, o CEO da Omega Energia, Antonio Bastos Filho, se mostrou empolgado com a entrada do fundo Actis na empresa, divulgada na última semana. De acordo com ele, a vinda trará valor para a Omega, uma vez que ele a considera o investidor mais bem sucedido da América Latina. A Actis já foi dona da Echoenergia e da Atlantic, geradoras de renováveis que foram vendidas. “Estamos felizes em ter mais um sócio comprometido, de alta reputação, que conhece muito do negócio, capaz de ajudar a gente a trazer recursos para a companhia”, explica.
Inicialmente, a Actis comprou 10% da Omega, mas na semana passada comprou mais ações, chegando a 12,4%. Segundo o executivo, no futuro a expectativa é que a participação da Actis chegue a cerca de 20%, uma vez que está previsto que ela aumente sua participação. Há um acordo de investimento para uma oferta primária de R$ 850 milhões.
O executivo da Omega falou ainda sobre a incursão da empresa no mercado norte–americano. Bastos citou o acordo de co-investimento de até US$ 500 milhões para novos projetos em terras nos EUA com uma gestora de ativos de infraestrutura. O acordo, em fase final de fechamento deverá ser anunciado nos próximos 30 dias. Segundo Bastos, a gestora é uma das maiores dos Estados Unidos, com US$ 40 bilhões. Já há uma pré-aprovação de US$ 190 milhões para a eólica Goodnight, sobrando ainda US$ 310 milhões para novos projetos no novo mercado.
Sobre Goodnight (531 MW), o projeto que será implantado nos EUA no estado do Texas, a previsão é as obras da fase 1, com 265,5 MW, comecem até o terceiro trimestre que ele esteja em operação até o fim de 2023. O investimento previsto é de US$ 430 milhões. A Vestas será a fornecedora dos aerogeradores. Bastos espera que a fase 2 seja o próximo anúncio da Omega, na esteira do novo sócio co-investidor, de maneira que se aproveitem as sinergias nas obras. As duas fases têm conexão assegurada. O executivo não pretende sair do mercado brasileiro, mas vê oportunidades no mercado dos EUA, considerado por ele como muito maior que o verde e amarelo, com retornos em dólar.