O setor carbonífero de Santa Catarina com o apoio da Eneva pretende viabilizar na próxima década a primeira tecnologia nacional de captura de CO2 (dióxido de carbono) como parte dos compromissos de zerar emissões do gás de efeito estufa (GEE) até 2050. Na região está sendo desenvolvida a tecnologia nacional para captura de CO2 que já recebeu R$ 11 milhões em investimentos para a primeira e segunda fase do projeto e agora recebe novo aporte de R$ 12 milhões para uma terceira fase do projeto que englobará duas frentes: o desenvolvimento de zeólitas sintéticas (um mineral que serve para absorção de CO2) e novos projetos incrementais voltados para ampliação da performance de captura de CO2.
Os projetos serão conduzidos pela mesma equipe de engenheiros que atua no projeto da planta piloto de CO2, instalada no laboratório da Associação Beneficente da Industria de carvão de Santa Catarina (SATC), instituição de educação, pesquisa e inovação mantida pela indústria carbonífera. Neste projeto, a equipe já foi capaz de obter resultados de captura de CO2 com índices de resultado entre 30% e 50%, o que ainda está distante do alcance de captura acima de 95%, que é o necessário para que a tecnologia comece a se tornar viável.
“Ainda temos um bom caminho a percorrer, porém estamos trabalhando para fazer plantas com captura de CO2 com tecnologia que possa ser replicável no País como parte do compromisso da nossa cadeia em descarbonizar as operações até 2050, ou seja, dentro do prazo estipulado pelos acordos internacionais”, disse o presidente da Associação Brasileira do Carvão Mineral, Fernando Zancan.